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DECO descobre incenso e óleos essenciais com substâncias cancerígenas
A associação de defesa do consumidor DECO exigiu hoje a retirada
do mercado de quatro marcas de incensos e cinco de óleos essenciais
para queimar em casa, produtos que emitem substâncias nocivas para a
saúde.
ENVENENANDO-SE REQUINTADAMENTE |
Numa informação divulgada esta quinta-feira, baseada num estudo publicado
na edição de outubro/novembro da Teste Saúde e que analisou 18
ambientadores, é salientado que aquelas substâncias são
"inaceitáveis em produtos de uso doméstico" e
contribuem para a má qualidade do ar doméstico.
"A Teste Saúde enviou para laboratório várias marcas de velas, incensos e óleos essenciais para queimar e concluiu que a maioria dos incensos e óleos essenciais liberta compostos tóxicos ou nocivos para a saúde, aproveitando a falta de legislação para estes produtos", explica a DECO.
"A Teste Saúde enviou para laboratório várias marcas de velas, incensos e óleos essenciais para queimar e concluiu que a maioria dos incensos e óleos essenciais liberta compostos tóxicos ou nocivos para a saúde, aproveitando a falta de legislação para estes produtos", explica a DECO.
O estudo também foi realizado em Espanha, Bélgica e Itália,
e as associações de consumidores dos quatro países estão a
desenvolver esforços junto da Comissão Europeia para criar um
regulamento europeu e um sistema de fiscalização para estes
produtos.
A venda de ambientadores, seja velas, difusores, óleos
essenciais ou incensos para queimar, tem aumentado, principalmente na
Europa e, "ao contrário das mensagens publicitárias",
mais do que purificar o ar, camuflar odores ou dar um cheiro
agradável, estas substâncias "contribuem para a má qualidade
do ar interior".
A maior preocupação relaciona-se com os incensos das marcas
Devineau, Gato Preto, Jacob Hooy e Natura, por conterem benzeno e
formaldeído, duas substâncias reconhecidas pelos seus efeitos
cancerígenos.
"Um só pau de incenso pode emanar benzeno em quantidade
equivalente à de cinco cigarros", revela a publicação.
Nos óleos essenciais, a situação não é melhor e as marcas
a evitar, segundo a DECO, são a Cardiff, Claremont & May Duft,
Gato Preto, Jacob Hooy e Natura, pois libertam níveis de formaldeído
que prejudicam a qualidade do ar interior, tendo em conta os valores
de referência propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e
pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.
Entre os ingredientes dos incensos e dos óleos essenciais
estão substâncias alergénicas, que potenciam crises de asma ou
reações alérgicas, e compostos orgânicos voláteis, responsáveis
por irritações na pele, nos olhos e nas vias respiratórias,
enxaquecas, cansaço, náuseas e fadiga.
Quanto às velas analisadas pela Teste Saúde, não apresentam
perigo para a saúde, mas não deixam de ser alvo de reparos já que
"a maioria emite partículas finas PM2,5, que permanecem no ar
durante longos períodos e podem ser inaladas, alojando-se nas zonas
profundas dos pulmões".
A Comissão Europeia criou uma lista de 26 fragrâncias
especialmente alergénicas, as quais devem ser referidas no rótulo
dos cosméticos e detergentes que as incorporam, uma medida de
segurança que a DECO defende também deveria ser aplicada aos
ambientadores.
* Têm nome os responsáveis das instituições que autorizam a venda destes produtos?
.
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