HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
PSP não consegue notificar Oliveira
e Costa para depor
A PSP, a quem as Varas Criminais de Lisboa pediram há semanas ajuda para
notificar o ex-presidente do BPN Oliveira e Costa, informou o tribunal
que não o conseguiu fazer na morada indicada, revelou hoje à Lusa fonte
judicial.
O BANDIDO COM AMIGOS DO PEITO |
Na sessão de julgamento de dia 17
de Setembro, o coletivo de juízes que está a julgar o "caso
Homeland/Duarte Lima", foi informado de que o tribunal não havia
conseguido notificar, por carta, Oliveira Costa, para depor como
testemunha no julgamento que tem Duarte Lima como arguido, pelo que foi
solicitado à PSP que o tentasse fazer pessoalmente.
Oliveira
Costa, banqueiro e fundador do BPN, é arguido no julgamento do caso BPN,
que decorre no Tribunal Criminal de Lisboa, mas foi dispensado de estar
presente nas audiências, por motivos de saúde. Como o julgamento
decorre há muito tempo, as medidas de coação extinguiram-se, com exceção
do Termo de Identidade e Residência (TIR), e o tribunal viu-se obrigado
a devolver-lhe o passaporte e a levantar a interdição de se ausentar
para o estrangeiro.
Fonte daquele tribunal confirmou à Lusa que o
próprio Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) pediu, por ofício, a
confirmação do levantamento daquelas medidas de coação, porque,
entretanto, Oliveira e Costa havia pedido a revalidação do passaporte,
que lhe permitiria viajar para o estrangeiro.
Agora, perante a
incapacidade da PSP em notificar Oliveira e Costa, o procurador do
julgamento do caso Homeland, José Niza, requereu já à Vara Criminal que
está a julgar o caso BPN que esclareça se Oliveira e Costa "ainda tem a
mesma morada", tanto mais que qualquer arguido mantém sempre o Termo de
Identidade e Residência (TIR), medida que obriga a comunicar ao tribunal
qualquer alteração de morada ou residência.
A fonte admitiu que,
neste momento, e apesar de Oliveira e Costa ser obrigado a comunicar
qualquer alteração de morada, o tribunal não sabe, em rigor, se o antigo
presidente do BPN está, ou não, em território nacional.
A 7.ª
Vara Criminal de Lisboa, que realiza sexta-feira mais uma sessão de
julgamento do caso Homeland/Duarte Lima, pretende ouvir Oliveira e Costa
como testemunha de acusação naquele processo relacionado com a
aquisição de terrenos em Oeiras, através de um financiamento global de
50 milhões por parte do BPN.
Segundo o depoimento de uma
testemunha que já falou em julgamento, o financiamento dos 50 milhões de
euros foi autorizado com uma única assinatura - a de José Oliveira
Costa, fundador, presidente e figura máxima do BPN.
Duarte Lima é
suspeito de beneficiar de créditos no valor de vários milhões de euros,
obtidos com garantias bancárias de baixo valor, que permitiram adquirir
terrenos no concelho de Oeiras, nas imediações da projectada sede do
Instituto Português de Oncologia (IPO).
O projecto da sede do IPO no concelho de Oeiras não avançou e o crédito pedido ao BPN ficou por liquidar.
* Como é que um bandido destes pode ter passaporte, a lei permite, quem redigiu a lei???
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