HOJE NO
"PÚBLICO"
Jardim propõe proibir greves na saúde, justiça, forças armadas e transportes
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim,
defende a proibição da realização de greves nos sectores das forças
armadas, forças de segurança, saúde, justiça e transportes.
“Hoje, continua a ser
'politicamente incorrecto' tratar o direito à greve não como direito
absoluto – só são direitos absolutos os inerentes à natureza da pessoa
humana –, mas como um direito que tem de estar subordinado ao bem
comum”, escreve nesta quinta-feira Jardim no seu habitual artigo de
opinião publicado no Jornal da Madeira, propriedade do governo regional.
Segundo
Jardim, “é insustentável o direito à greve” não só nas forças armadas,
nas forças de segurança e nas instituições de socorrismo, como no
aparelho de justiça, “pois os tribunais são considerados órgãos de
soberania”. Igualmente considera “insustentável a paralisação grevista”
dos transportes.
Os portugueses, escreve o governante madeirense,
“estão desesperadamente sobrecarregados, mas sucedem-se greves atrás de
greves nos transportes pagos com os impostos do povo, inutilizando muito
do dinheiro arrecadado à custa dos sacrifícios da população”.
Em relação ao sector da saúde, sustenta que “a vida é o direito supremo da pessoa humana”, por isso “não se brinca com a vida”.
No seu projecto,
aprovado pelo PSD na Assembleia Legislativa da Madeira, Jardim propõe
uma alteração ao artigo 57º da Constituição da Republica (Direito à
greve e proibição do lock-out). Ao ponto 1 que diz que “é garantido o
direito à greve”, o governante e membro do Conselho de Estado
acrescenta: “excepto nas forças de defesa nacional e de segurança
interna, nos transportes, no âmbito do funcionamento dos Tribunais, no
sector da Saúde”.
À limitação constitucional do direito à greve
nas referidas áreas “deve corresponder, por parte do Estado, uma
compensação material e social aos trabalhadores desses sectores, visto
que, embora a respectiva carreira resulte de uma opção pessoal, têm de
ser ressarcidos por não beneficiarem da totalidade dos direitos
laborais”, defende Jardim no Jornal da Madeira.
* Igual a si próprio, a mesma boçalidade com adubo de primavera.
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