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" JORNAL DE NOTÍCIAS"
PPP foram expediente de políticos permitido por erro da Comissão Europeia
As Parcerias
Público-Privadas foram um expediente a que os governantes recorreram
para apresentar obra sem formalmente se endividarem, aproveitando um
erro da Comissão Europeia e da sua agência estatística (Eurostat),
acusou o relator da comissão parlamentar de inquérito.
"O
recurso excessivo às Parceria Público-Privadas (PPP) teve por base a
necessidade dos agentes políticas realizarem obra sem formalmente se
endividarem", escreveu o deputado social-democrata Sérgio Azevedo, no
documento a que a agência Lusa teve acesso e que será divulgado hoje na
Assembleia da República.
A possibilidade desta prática é atribuída pelo deputado a "um
aproveitamento político pernicioso resultante da Comissão Europeia e de o
Eurostat não considerarem este tipo de contratação como dívida
pública".
Para Sérgio Azevedo, esta posição dos dirigentes de
Bruxelas "foi um erro", uma vez que, justificou, "uma PPP tem por base
um pagamento, sob diversas formas, do Estado [que] é sempre dívida
pública, como aliás a 'troika' obrigou" a que fosse reconhecida.
Entre
as várias deficiências e os vários defeitos apontados pelo relator
social-democrata estão a carência de estudos exaustivos, que justifiquem
o lançamento das PPP, e a ausência da estrutura técnica do Estado,
"forte e especializada neste tipo de contratação, que defendesse com
absoluto e inquestionável rigor o interesse público".
O problema
intensifica-se ainda quando a complexidade deste instrumento é cruzada
com a opacidade da informação disponível, o que levou inclusive o
deputado a falar em "traição do Estado".
Sérgio Azevedo denunciou
que os elementos que estiveram na base das PPP "são de difícil acesso
público", o que, acrescentou, "tornar estes processos de contratação
pouco transparentes e de difícil escrutínio pelos cidadãos".
Neste
registo, o Estado é acusado de traição por esconder informação: "O
Estado não tem cumprido completamente a sua função ao não assumir-se
como o principal promotor de divulgação pública de todos estes elementos
traindo, desta forma, de forma objetiva a relação de confiança que deve
ter com os cidadãos".
O relatório da comissão parlamentar de
inquérito à Contratualização, Renegociação e Gestão de todas as
Parcerias Público-Privadas do Sector Rodoviário e Ferroviário vai ser
apresentado hoje, na Assembleia da República, e posteriormente
discutido.
* Os portugueses querem saber quais os políticos responsáveis pelos expedientes PPP's!
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