HOJE NO
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Governo diz ter reduzido a
1500 milhões perdas com "swap"
O Governo reduziu as perdas potenciais com os contratos ‘swap’ das
empresas públicas a cerca de 1500 milhões de euros, metade do valor
inicial estimado, revelou fonte oficial do Ministério das Finanças.
"Resolvemos
metade do problema, tomando como referência o valor de final do ano
passado", de cerca de 3.000 milhões de euros, referiu fonte oficial do
gabinete liderado por Vítor Gaspar.
Até agora, de todos os bancos
com que as Finanças negociaram terminar contratos ‘swap’ das empresas
públicas, ainda só não foi possível chegar a acordo com o Santander
Totta.
Já quanto ao outro banco com que as Finanças ameaçaram com
tribunal em abril, o norte-americano JP Morgan, foi conhecido a semana
passada que encerrou os contratos.
Ainda segundo a mesma fonte, no
conjunto dos contratos ‘swap’ renegociados, o desconto conseguido pelo
Estado nos juros a pagar pelas empresas públicas aos bancos foi de
"31%", isto tendo em conta os contratos problemáticos mas não só.
A
valor de mercado atual, referiram as Finanças, as empresas públicas
teriam de pagar 1.500 milhões de euros aos bancos em juros por via dos
contratos ‘swap’ negociados, valor que terá sido reduzido para 1000
milhões de euros, numa poupança de 500 milhões de euros (a valor atual
de mercado).
A investigação solicitada pelo Governo aos contratos
de derivados de taxa de juro ('swap') subscritos por várias empresas
públicas detetou contratos especulativos, que levaram à substituição de
dois secretários de Estado, à demissão de três gestores de empresas
públicas e à criação de uma comissão parlamentar de inquérito que está a
decorrer.
As operações ‘swap’ em contratos de financiamento
destinam-se por princípio a proteger as partes contratantes das
oscilações das taxas de juro, ao trocar uma taxa variável por uma taxa
fixa.
Estes contratos implicam sempre perdas para um dos
contratantes, já que existe a obrigação de uma das partes pagar a
diferença entre a taxa fixa e a variável.
Entre os contratos
investigados, há vários que não se limitam a fazer a cobertura de risco,
através da fixação da taxa de juro [os designados 'swap'], mas que
estão dependentes de variáveis complexas, como a variação cambial ou a
cotação do petróleo.
* Um mau negócio este do governo, em Itália o governo recusou pagar "swaps" e os bancos negociaram a preços muitos mais baixos do que aqueles que o Estado português pagou, mais uma vez o povo português paga seja a que preço o governo quiser.
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