HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Sindicatos respondem que
não recebem dinheiro do Estado
O secretário-geral da Fenprof considera que os "jovenzinhos" da JSD que
questionaram o custo para o Estado dos sindicatos de professores têm
"défice de formação democrática", garantindo que os sindicalistas
recebem apenas o seu ordenado. Também o líder da FNE sublinha que não há
transferências de verbas para os sindicatos e que "compete ao Estado
garantir um movimento sindical livre e democrático".
O
secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário
Nogueira, considerou "pertinente" a questão feita hoje pelos deputados
da JSD no sentido de saber quais os encargos que os sindicatos do setor
da Educação representaram para o Estado em 2012 e 2013. Mário Nogueira
afirmou que os dirigentes recebem o seu ordenado e os sindicatos vivem
das quotas pagas pelos associados.
"As transferências do Governo
para os sindicatos são zero", garantiu, respondendo assim à pergunta
feita entregue hoje no Parlamento pelo deputado Hugo Soares. "Acho que é
uma questão pertinente. Acho que é importante percebermos que seja para
os sindicatos de professores ou de outros (grupos de trabalhadores),
não há qualquer transferência do Estado - a transferência é zero - e que
os dirigentes não têm nem mais um cêntimo do que teriam se estivessem
nas suas escolas. Têm simplesmente o seu salário", sublinhou o líder
sindical.
O secretário-geral da Federação Nacional de Educação
(FNE), João Dias da Silva, reforça ainda que a revelar-se os dados dos
sindicatos da Educação, devem também ser públicas todas as informações
de todos as estruturas sindicais da administração pública. "Os custos
com os sindicatos são os custos normais da democracia, tal como o
dinheiro que se gasta com os partidos políticos entra neste âmbito dos
custos da democracia".
Mário Nogueira vai ainda mais longe nas
críticas e refere que ao contrário dos sindicatos dos professores, onde
os representante recebem o salário de docentes, "os deputados da JSD que
nunca fizeram nada da vida e quando começam nos seus empregos políticos
têm imediatamente o salário de deputados, nunca poderiam ter o salário
daquilo que é o seu emprego porque nunca tiveram o seu emprego, verdade
se diga".
O secretário-geral do maior sindicato de professores
acha "que a comparação terá grande utilidade e será extremamente
positiva porque na verdade são situações absolutamente incomparáveis".
Em
declarações à Lusa, Mário Nogueira criticou ainda os elementos da JSD:
"Essa rapaziada, esses jovenzinhos, esses miúdos que entram diretamente
das escolas para a política não têm formação democrática e os défices de
formação democrática são de facto muito preocupantes. Essa rapaziada
nova chega à política e, se calhar, leu uns livros do tempo do Salazar e
outros. Formaram-se assim e depois têm muita dificuldade em perceber a
democracia".
Num requerimento dirigido ao Ministério da Educação e
Ciência (MEC) e hoje entregue no Parlamento, o deputado social
democrata Hugo Soares perguntou "quantos sindicatos existem no setor da
Educação", qual o "valor transferido para os sindicatos durante o ano de
2012 e orçamentado para 2013" e como são discriminados os gastos.
"Acho
legítimo que se saiba quanto custam os representantes do povo na
Assembleia da República, acho legítimo que se saiba quanto custam os
presidentes de câmara, as juntas de freguesia. E não é legítimo eu
perguntar quanto custam os sindicatos na Educação, quanto é que pagamos
de impostos para os sindicatos que na segunda-feira passada puseram em
causa o futuro de milhares de jovens portugueses?", questionou o
deputado Hugo Soares.
* Oh sr deputado "jota" Hugo Soares, não acha indecente o Estado subsidiar os partidos políticos, os partidos políticos deviam saber sustentar-se tal como os sindicatos se sustentam. A verdade é outra, há campanhas eleitorais e os partidos recebem comparticipação do Estado, isto é, dos contribuintes, recebem também outras contribuições a bem do interesse público que não descortinamos. Os partidos políticos têm hoje os interesseiros militantes, os "yes man", sem ideias ou projectos para o país, apenas interessados em lambuzar as botas dos lideres partidários. Nos sindicatos trabalha-se, vá até um e aprenda a trabalhar sr. deputado, deixe de ser inútil.
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