HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
"UGT solidária" distribui bens
alimentares na greve geral
A UGT vai distribuir na quinta-feira, dia da greve geral, bens alimentares a instituições de solidariedade social para ajudar famílias carenciadas, numa ação denominada “UGT solidária”, informou hoje à Lusa o secretário-geral adjunto da central sindical.
A União Geral dos Trabalhadores solicitou a todas as organizações filiadas para que dessem um contributo financeiro para ajudar as famílias mais necessitadas e para que o dia da greve geral seja também o dia da “UGT Solidária”.
“A UGT entendeu, através de uma resolução do seu secretariado nacional, aliar à ação da greve uma ação solidária”, revelou Luís Correia, adiantando que foram angariados junto dos principais sindicatos alguns “milhares de euros”.
Com a verba angariada, a UGT comprou produtos alimentícios básicos, nomeadamente massa, farinha, arroz, leite, enlatados e salsichas, que irão ser distribuídos por quatro instituições: Ninho, Cruz Vermelha Portuguesa, Cáritas e Banco Alimentar Contra a Fome.
“Amanhã [quinta-feira] vamos distribuir os alimentos no Ninho e na Cruz Vermelha e no dia 01 de julho no Banco Alimentar Contra a Fome e na Cáritas”, explicou ainda Luís Correia.
Sobre as razões que levaram à escolha destas instituições, o sindicalista explicou que são “as que têm algum peso substantivo no apoio solidário que dão às pessoas mais carenciadas”.
Como a greve é uma “ação reivindicativa dos principais problemas que afetam os trabalhadores, quisemos aliar essa ação reivindicativa, que é a génese fundamental da greve, a uma ação de solidariedade”, frisou.
“Sendo um contributo pequeno mas sincero” esta ação é “uma participação generosa da Central” que pretende, “acima de tudo, minimizar as graves carências que muitas famílias portuguesas sentem no seu quotidiano”, acrescenta a UGT em comunicado.
O agravamento da austeridade determinou a convocação para quinta-feira da quarta greve geral realizada em Portugal nos últimos dois anos do atual Governo, unindo agora a CGTP e a UGT, à semelhança do protesto de 2011.
FUNDAMENTOS "INTEIRAMENTE JUSTOS"
O Sindicato dos Funcionários Parlamentares indicou que “não vai aderir formalmente” à greve geral na quinta-feira, podendo os funcionários decidir aderir “individualmente e em consciência” por estarem abrangidos pelo pré-aviso das centrais sindicais.
O sindicato considera “inteiramente justos” os fundamentos da greve geral, uma vez que os funcionários parlamentares são atingidos pelas medidas de “contenção e austeridade orçamental” que “agravam drasticamente” as suas condições de vida, segundo comunicado enviado aos funcionários parlamentares.
Mas, sendo “um sindicato próprio, autónomo e independente”, cuja missão é defender “intransigentemente as suas carreiras, funções e condições de trabalho”, não irá “aderir formalmente” à greve geral convocada para quinta-feira pela UGT e CGTP, adianta.
O presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos explicou que devido às “especiais obrigações e deveres” que recaem sobre os funcionários parlamentares, a adesão à greve deve ser “um último recurso”.
Este recurso fará sentido quando estiverem em causa “alterações significativas” às condições de trabalho dos funcionários parlamentares ou “a independência e a soberania da Assembleia da República”, esclareceu Bruno Aquino.
O dirigente do sindicato ressalvou, no entanto, que os funcionários parlamentares estão abrangidos pelo pré-aviso entregue pela CGTP e pela UGT, pelo que se decidirem aderir à greve falo-ão “individualmente e em consciência”.
* Fica a notícia.
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