08/05/2013

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 Jovens empresas criam quase 
metade do emprego gerado 
em cada ano em Portugal

As empresas jovens, com cinco ou menos anos, representam 35% do tecido empresarial português e criam quase metade do emprego gerado em cada ano, segundo um estudo da D&B divulgado hoje na 2.ª conferência Crescimento Empresarial, em Lisboa.
 Relativo ao período 2007-2011, a que se reportam os últimos dados disponíveis, o estudo aponta para cerca de 476 mil empresas ativas no país e destaca 2011 como “o ano em que morreram mais empresas em Portugal”.
Segundo o trabalho, entre 2007 e 2011 houve uma diminuição de 6,3% do número de empresas com atividade regular e um recuo de 9,1% do número de empregados.

Esse período correspondeu também a uma “ligeira” diminuição, de 3%, do número médio de empregados por empresa, mas com a manutenção do custo médio por empregado nas empresas.
A este propósito, os autores do estudo apontam como “mito” a ideia de que o aumento do desemprego em Portugal resulta do emagrecimento dos quadros das empresas: “A diminuição do ‘stock’ de empregos deve-se ao facto de o número de empresas ter diminuído. O número médio de empregos por empresa mantém-se estável”, sustenta.
Segundo as conclusões do trabalho, até 2008 o número de empresas que criaram emprego e o número de empregos criados foi superior ao número de empregos destruídos, mas, a partir desse ano, esta tendência inverteu-se.

Dos empregos criados entre 2007 e 2011, 75% pertenciam ao setor dos serviços, indústrias transformadoras, construção e retalho, tendo o dos serviços sido “o que criou mais empregos líquidos” e a construção e as indústrias transformadoras os que “registaram os valores mais elevados de emprego líquido negativo”.

Outro dos “mitos” desfeitos pela D&B é que as Pequenas e Médias Empresas (PME) são as grandes responsáveis pela criação de emprego.
Segundo destaca, “são as empresas jovens, normalmente também pequenas, que criam a maior fatia de novo emprego, ao serem responsáveis por 46% do emprego gerado em cada ano".
No total, as pequenas empresas constituem 98% do tecido empresarial português e criam 61% do emprego, sendo que as ‘startups’ (empresas jovens e inovadoras, geralmente em processo de implementação) constituem 6,5% do tecido e criam, sozinhas, cerca de 18% do emprego gerado em cada ano.

“As empresas jovens são, normalmente, também pequenas e crescem mais depressa. No entanto, o que é o fator determinante para a criação de emprego não é a dimensão da empresa, mas a sua idade”, conclui o estudo.
Do trabalho da D&B resulta ainda que, apesar do “mito” de que a zona de Lisboa é a grande responsável pela criação de novas empresas, o facto é que “a zona do Norte lidera em nascimento de empresas” no período 2007-2011, surgindo “pelo menos 3 pontos percentuais acima de Lisboa”, com cerca de 36% do total.


Na apresentação do estudo hoje feita por Teresa Cardoso de Menezes foi dado destaque a uma 'radiografia' das ‘startups’ portuguesas que concluiu que, de 2006 a 2011, nasceram uma média anual de 22 mil e 27 mil novos empreendedores.

Segundo a D&B, a empresa ativa mais antiga em Portugal nasceu em 1670 e existem atualmente seis empresas do século XVIII em atividade, sendo que 2001 foi o ano em que nasceram mais unidades empresariais no país.

* Como são importantes os estudos para derrubarem mitos.

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