HOJE NO
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Jovens empresas criam quase
metade do emprego gerado
em cada ano em Portugal
As empresas jovens, com cinco ou menos anos, representam 35% do
tecido empresarial português e criam quase metade do emprego gerado em
cada ano, segundo um estudo da D&B divulgado hoje na 2.ª conferência
Crescimento Empresarial, em Lisboa.
Relativo ao período
2007-2011, a que se reportam os últimos dados disponíveis, o estudo
aponta para cerca de 476 mil empresas ativas no país e destaca 2011 como
“o ano em que morreram mais empresas em Portugal”.
Segundo o
trabalho, entre 2007 e 2011 houve uma diminuição de 6,3% do número de
empresas com atividade regular e um recuo de 9,1% do número de
empregados.
Esse período correspondeu também a uma “ligeira”
diminuição, de 3%, do número médio de empregados por empresa, mas com a
manutenção do custo médio por empregado nas empresas.
A este
propósito, os autores do estudo apontam como “mito” a ideia de que o
aumento do desemprego em Portugal resulta do emagrecimento dos quadros
das empresas: “A diminuição do ‘stock’ de empregos deve-se ao facto de o
número de empresas ter diminuído. O número médio de empregos por
empresa mantém-se estável”, sustenta.
Segundo as conclusões do
trabalho, até 2008 o número de empresas que criaram emprego e o número
de empregos criados foi superior ao número de empregos destruídos, mas, a
partir desse ano, esta tendência inverteu-se.
Dos empregos
criados entre 2007 e 2011, 75% pertenciam ao setor dos serviços,
indústrias transformadoras, construção e retalho, tendo o dos serviços
sido “o que criou mais empregos líquidos” e a construção e as indústrias
transformadoras os que “registaram os valores mais elevados de emprego
líquido negativo”.
Outro dos “mitos” desfeitos pela D&B é que
as Pequenas e Médias Empresas (PME) são as grandes responsáveis pela
criação de emprego.
Segundo destaca, “são as empresas jovens,
normalmente também pequenas, que criam a maior fatia de novo emprego, ao
serem responsáveis por 46% do emprego gerado em cada ano".
No
total, as pequenas empresas constituem 98% do tecido empresarial
português e criam 61% do emprego, sendo que as ‘startups’ (empresas
jovens e inovadoras, geralmente em processo de implementação) constituem
6,5% do tecido e criam, sozinhas, cerca de 18% do emprego gerado em
cada ano.
“As empresas jovens são, normalmente, também pequenas e
crescem mais depressa. No entanto, o que é o fator determinante para a
criação de emprego não é a dimensão da empresa, mas a sua idade”,
conclui o estudo.
Do trabalho da D&B resulta ainda que, apesar
do “mito” de que a zona de Lisboa é a grande responsável pela criação
de novas empresas, o facto é que “a zona do Norte lidera em nascimento
de empresas” no período 2007-2011, surgindo “pelo menos 3 pontos
percentuais acima de Lisboa”, com cerca de 36% do total.
Na
apresentação do estudo hoje feita por Teresa Cardoso de Menezes foi dado
destaque a uma 'radiografia' das ‘startups’ portuguesas que concluiu
que, de 2006 a 2011, nasceram uma média anual de 22 mil e 27 mil novos
empreendedores.
Segundo a D&B, a empresa ativa mais antiga em
Portugal nasceu em 1670 e existem atualmente seis empresas do século
XVIII em atividade, sendo que 2001 foi o ano em que nasceram mais
unidades empresariais no país.
* Como são importantes os estudos para derrubarem mitos.
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