15/04/2013

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HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"

Teodora Cardoso lamenta
 "cortes cegos" na despesa

A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, afirmou hoje que o corte das despesas "é obviamente o caminho" para a consolidação orçamental, mas lamentou que os cortes já realizados tenham sido "cegos".

"[O corte da despesa] é obviamente o caminho. Foi pena não se terem tomado decisões de outra forma que tivessem evitado este solavanco. Uma vez que ele aconteceu, espero que se tenha ganho mais tempo", afirmou a economista, à margem de uma conferência em Lisboa.

Teodora Cardoso disse que um dos problemas de Portugal tem sido o facto de o país "ter sido obrigado a fazer um ajustamento muito rápido em despesas que foram crescendo ao longo de muitos anos, sem haver verdadeiramente um grande discernimento quanto à gestão destas despesas".

"E isso continuo a achar que ainda não está alcançado. Vamos cortando despesas muito pela força das circunstâncias, por força da crise, por força da 'troika', por força do Tribunal Constitucional", reiterou.

No entanto, defendeu, falta "garantir uma maior ênfase na gestão das despesas e isso devia ter sido feito há mais tempo".

Para Teodora Cardoso, este processo de gestão da despesa "envolve todos os responsáveis pela despesa e não apenas o ministro das Finanças, que não pode decidir com conhecimento de causa todas as despesas que devem ser cortadas".

"Tudo isto exige uma maneira de fazer diferente e isso leva tempo. Levámos dois anos a fazer cortes cegos. Agora continuamos a ter de fazer um bocado à pressa aquilo que devíamos ter feito com mais tempo", afirmou a presidente do CFP.

"Espero que este próximo corte seja mais pensado nesta linha, mas ainda não é completo porque ainda não estão definidos mecanismos de gestão de despesa", rematou a economista.

* Esta senhora é uma pessoa muito incómoda para Vítor Gaspar porque diz coisas certas a um ministro que não acerta uma. 

Se assaltar o contribuinte para compensar os desperdícios e a má gestão dos diversos governos, chama-se governar, então para  ministros só precisamos de carteiristas.

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