05/04/2013

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HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"

Verdes convencem alemães 
pelo “baixo teor alcoólico”

O “perfil leve” é um dos principais argumentos que os 27 produtores portugueses levam na bagagem para a Alemanha, que é o segundo melhor mercado externo para os vinhos da região. 
 
 Uma comitiva de 27 vitivinicultores portugueses, representando 118 marcas, apresentam-se na próxima segunda-feira a enófilos e profissionais do sector em Munique, com um seminário educativo e provas colectivas. O “perfil leve e com baixo teor alcoólico” é uma das armas deste produto no mercado alemão, projectou a comissão regional dos vinhos verdes (CVRVV).

A Alemanha é o segundo melhor mercado externo para os vinhos verdes, a seguir aos Estados Unidos. Os compatriotas de Angela Merkel compraram sete milhões de euros em 2012, mais 10% do que no ano anterior, o equivalente a 3,25 milhões de litros. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o consumo germânico de álcool per capita fica-se pelos 12,81 litros, abaixo dos 14,55 litros consumidos anualmente por cada português.

Uma semana depois, a 15 de Abril, é a vez de 13 produtores viajaram para a Suécia com 63 vinhos para mostrar ao mercado escandinavo, que consta também do top 10 dos melhores destinos para este produto único em todo o mundo. Em Estocolmo, os empresários portugueses vão contar com a ajuda de uma conhecida “sommelier” local, Susanne Krantz, que inclusive fez parte do júri do “Best Of Vinho Verde 2012”.

Novo ano recorde na exportação
As exportações de vinhos verdes aumentaram 10% em 2012 – foi o 12.º ano consecutivo de crescimento fora de portas – batendo um novo recorde e chegando aos 42 milhões de euros. As vendas ao exterior progrediram de 15,5 para 17 milhões de litros, o que, em valor, significa que os estrangeiros compraram mais 3,8 milhões de euros, dado que o preço médio manteve-se nos 2,42 euros por litro.

Porém, as vendas não foram tão promissores no mercado interno (-7%), onde ainda se comercializam sete em cada dez garrafas produzidas na região nortenha, pressionando uma quebra de 2% na facturação global do sector.

* Quem quiser acreditar que experimente, um bom Alvarinho aguenta-se muito bem com o "cozido à portuguesa" nós já comprovámos. Para cozinhar lampreia nada como um verde tinto.

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