HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Mira Amaral e a compra do BPN
"Balanço muito positivo"
O BIC comprou há um ano o BPN ao Estado português e, na hora do balanço dos primeiros 12 meses, o presidente do banco de capitais luso-angolanos, Mira Amaral, destaca que este período foi "muito positivo".
Questionado sobre os altos e baixos deste primeiro ano de integração do Banco Português de Negócios (BPN) no Banco BIC Português, Mira Amaral destacou, pela positiva, "o comportamento empenhado" dos colaboradores e "a resposta muito positiva" dos clientes. "Como ponto baixo, naturalmente, a má situação económica do país", acrescentou.
Já sobre a evolução do negócio, Mira Amaral revelou que, "quer em termos de crédito, quer em termos de depósitos", foram superadas as expectativas.
No ano passado, o BIC registou um resultado líquido negativo de 7,5 milhões de euros, justificado pelos custos da integração do BPN. Sem o impacto deste negócio, o BIC teria um lucro na ordem dos 5 milhões de euros, semelhante ao obtido em 2011. "O crescimento sustentado do Banco BIC" no mercado português é o desejo expresso por Mira Amaral para o futuro próximo.
Foi a 30 de março de 2012, no Ministério das Finanças, em Lisboa, que foi assinado o contrato de compra e venda do BPN entre o Estado e o BIC.
O BPN foi nacionalizado em novembro de 2008 por proposta do segundo Governo de José Sócrates, na primeira nacionalização em Portugal desde o 25 de Abril.
Na altura, o então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, justificou a medida com a situação "excecional", "delicada" e "anómala" vivida por aquela instituição bancária, isto no auge da crise financeira que se seguiu à falência do Lehman Brothers, alegando existir o perigo de um contágio ao restante setor bancário.
Depois de uma tentativa de reprivatização falhada do BPN em 2010, o ano passado, o memorando de entendimento assinado entre Portugal e a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) acordou a venda do banco, sem um preço mínimo, até final de julho ou a sua liquidação, tendo sido então selecionada pelo executivo de Passos Coelho a venda ao Banco BIC por 40 milhões de euros.
* Melhor que um "negócio da china" só um "negócio de cafres"
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