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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Linha ferroviária para Madrid vai custar 700 milhões e será exclusiva para mercadorias
Sérgio Monteiro assegurou hoje que o fim do projecto do TGV tal como
estava planeado pelo anterior Governo é uma “decisão irreversível”. O
novo projecto exclui o transporte de passageiros na linha que vai ser
construída até Madrid e representa uma redução de 80% no investimento
previsto.
DE SINES PARA A EUROPA |
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, anunciou
hoje os detalhes do projecto do Executivo para a construção da linha de
transportes de mercadorias que ligue os portos nacionais a Madrid.
Em conferência de imprensa, Sérgio Monteiro esclareceu que, tal como
estava concebido, o projecto do “TGV morreu e é uma decisão
irreversível”. O novo projecto passa por criar uma linha ferroviária de
mercadorias, que ligue os portos de Lisboa, Setúbal e Sines a Madrid e
daí até ao resto da Europa.
“O nosso compromisso é transportar mercadorias para a Europa e não passageiros para Madrid”, esclareceu Sérgio Monteiro.
O secretário de Estado detalhou que este projecto vai permitir
reduzir os custos de exportação em 40%, aumentar a capacidade de carga
dos comboios em 80% e contribui para o processo de privatização da CP
Carga.
Segundo o mesmo responsável, este projecto reduz o investimento antes
previsto em 80% e a contrapartida nacional (financiamento através do
Orçamento do Estado) em 95%.
O projecto delineado pelo Governo de José Sócrates representava um
investimento de 4.276 milhões de euros, sendo que este prevê um
investimento máximo de 690 milhões de euros. A contrapartida nacional
era de 3.339 milhões de euros, sendo que no novo projecto é de 175
milhões de euros (95%).
Sérgio Monteiro aproveitou ainda para assegurar que Portugal não
perderá fundos das redes transeuropeias, que serão utilizadas nesta
linha de transporte de mercadorias.
Esclareceu ainda que com este novo projecto, não será construída uma
nova ponte sobre o Tejo, nem uma linha dedicada para o TGV. O lançamento
do projecto deverá acontecer em 2015, sendo numa primeira fase
confinado aos portos do sul do País, mas o objectivo passa por estender a
Norte o projecto.
* Mais um negócio, não sabemos a favor de quem, mas uma linha ferroviária moderna apenas de mercadorias, para um país que pouco produz, é mais uma vez a montanha a parir um rato.
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