07/02/2013

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Desemprego afeta nove 
em dez portadores de deficiência 

O movimento (d)Eficientes Indignados, que se manifestou hoje junto ao Ministério das Finanças, disse que o drama do desemprego afeta nove em cada dez pessoas portadoras de deficiência. 

 Manuela Ralha, do movimento (d)Eficientes Indignados, que hoje entregou no Ministério das Finanças um conjunto de reivindicações, refere que "não existe uma taxa de desemprego" nas pessoas com deficiência, mas garantiu "que são muito poucos os que têm acesso a emprego", e que existem "muitos inscritos nos centros de emprego". Salientando que há "incentivos ao trabalho protegido", Manuela Ralha lamentou que "os empregadores não estejam muito sensibilizados para empregar pessoas com deficiência". 

A responsável pelo movimento de deficientes, que juntou hoje mais de 20 pessoas em protesto, junto ao Ministério das Finanças, assinalou "a má imagem que os empregadores" têm das pessoas com deficiência e aludiu a "exclusão e preconceito". "Os empregadores têm uma imagem que acham que as pessoas com deficiência não produzem. Muito pelo contrário: produzem e têm capacidade", frisou Manuela Ralha, recordando que o fim dos programas de trabalho protegido na Administração Pública "veio acrescentar muito mais às listas de pessoas com deficiência que estão no desemprego". Outra das reivindicações entregues no Ministério das Finanças tem a ver com a "alteração dos escalões de IRS para pessoas com deficiência que trabalham". 

 Manuela Ralha assegurou que "os problemas são muitos" e denunciou a existência de "pessoas com deficiência a pagarem 700 por cento a mais de IRS do que pagariam, porque não há um regime de exclusão para a pessoa que trabalha". Por isso, o movimento (d)Eficientes Indignados pediu hoje ao ministro das Finanças o "aumento das deduções à coleta" para as pessoas portadoras de deficiência, para que possam "fazer uma vida mais digna" e para que a deficiência "não seja motivo de exclusão e pobreza". 

"Embora tenhamos aquele extra de 1.900 euros de patamar, que podem descontar anualmente, e, como temos custos acrescidos inerentes à deficiência para podermos trabalhar e para as deslocações, pedimos que atentem a um regime de exclusão, que aumentem as deduções à coleta", disse. 

 O valor baixo das "pensões sociais de invalidez de 190 euros e das pensões de invalidez de 214 euros" é outro dos pontos que Manuela Ralha focou, além do "ensino especial", e criticou a "reinstitucionalização das crianças com deficiência, quando o Estado assumiu o compromisso de as integrar no ensino regular". 

O movimento (d)Eficientes Indignados esteve, desde as 08:30 de hoje até às 19:00, em frente ao Ministério das Finanças, com o propósito de "acordar" o ministro Vítor Gaspar para a realidade de ser deficiente. 

* A insensibilidade governativa dispara em todas as direcções.

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