HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Listas de espera para cirurgia caíram 35%
As listas de espera para cirurgia diminuíram 35 por cento nos últimos cinco anos, graças ao Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), que reduziu ainda a média de tempo de espera, segundo um relatório da OCDE.
Intitulado
"Políticas sobre os tempos de espera no setor da saúde", o relatório da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) dá
conta das políticas dos governos da Austrália, Canadá, Dinamarca,
Finlândia, Irlanda, Itália, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Portugal,
Espanha, Suécia e Reino Unido contra as listas de espera.
Neste
documento, é enaltecida a resposta que Portugal deu para diminuir o
tempo de espera para os serviços de cuidados de saúde. No capítulo
dedicado a Portugal, são enumerados os vários programas de combate às
listas de espera, aplicados desde 1995.
Em
relação ao mais recente, o SIGIC, os autores do relatório destacam o
facto de este ter reduzido a média de tempo de espera para uma cirurgia
em 63 por cento: de oito para três meses.
"A
introdução do SIGIG foi associada a um incremento de cerca de 40 por
cento da produção cirúrgica nos últimos cinco anos", lê-se no documento.
Este
aumento da produção foi obtido através de três canais: incremento da
produção durante o horário regular de trabalho dos profissionais,
aumento da capacidade através de uma produção adicional das cirurgias
nos hospitais públicos e mediante a contratualização de produção a
hospitais privados.
Em 2011, a produção
cirúrgica adicional no Serviço Nacional de Saúde (SNS) envolveu uma
verba de 11,5 milhões de euros, enquanto 50,1 milhões foram pagos a
unidades de saúde privadas e 1.006 milhões de euros para a atividade
cirúrgica normal através do SIGIC.
No
documento lê-se que o SIGIC providenciou uma solução para o problema do
tempo de espera excessivo, numa área em que os outros programas - que
apenas implicavam verbas adicionais para uma produção adicional -
falharam.
Isto porque o SIGIC transfere
os doentes que aguardam por uma cirurgia, há mais de 75 por cento do
tempo máximo de espera, para um outro hospital, público ou privado.
* Trata-se duma boa notícia mas ainda assim perguntamos:porque nos hospitais públicos existem cirurgiões que não fazem uma intervenção durante um ano???
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