HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Álvaro Santos Pereira
Portugal investe 828 milhões na
promoção do turismo residencial
O Governo apresentou hoje um programa de promoção do turismo residencial, que pretende fomentar a venda de casas a estrangeiros que queiram ter em Portugal uma segunda residência, num investimento total de 828 milhões de euros, em dois anos.
Durante o lançamento do programa "Living in Portugal", Álvaro Santos Pereira referiu a importância de ter "um regime fiscal competitivo", garantindo que os cidadãos estrangeiros que queiram comprar casa em Portugal vão ter benefícios fiscais.
Já à margem do evento, em declarações aos jornalistas, o ministro da Economia e do Emprego deu um exemplo: "Os reformados [estrangeiros] que comprarem casa [em Portugal] terão taxas [de IRS] muito mais competitivas, das mais competitivas da Europa", disse.
O governante acrescentou ainda que, "se houver acordos de dupla tributação, o regime que clarifica essa questão faz com que os reformados tenham uma taxa muito mais baixa do que teriam se fossem taxados normalmente", disse, explicitando que estão em causa "taxas que rondam os 25%".
O programa inclui também uma componente de promoção externa da imagem de Portugal, estando agendado um 'roadshow' que arranca em fevereiro, em Londres, no Reino Unido, e que deverá passar por países como Alemanha, França, Rússia, Suécia e Holanda até ao final do ano.
O Governo, em parceria com o Turismo de Portugal, lançou ainda o portal www.livinginportugal.com, que reúne todo o tipo de informação relevante, desde os regimes jurídicos e fiscais vigentes em Portugal até a informações sobre os sistema de saúde, de educação e de transportes do país.
Na apresentação da iniciativa, o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, afirmou que se trata de "um programa importante" para o país, na medida em que vai "dinamizar uma área do turismo que não estava a ser aproveitada", o turismo residencial.
De acordo com o governante, são vendidas, em média, 100 mil casas por ano nos países do Sul da Europa, e Portugal tem uma quota de mercado "muito ínfima, na ordem dos 4%", um valor "muito aquém" dos de Espanha (45%), de França (25%) e de Itália (15%).
"É um programa muito importante para o nosso país, porque não só irá dinamizar uma área do turismo que não estava a ser aproveitada, como vai [permitir] combater a sazonalidade e combater o desemprego e também fomentar o financiamento da própria economia", disse Santos Pereira.
O governante disse ainda que Portugal "ainda está longe de aproveitar todas as potencialidades" em termos turísticos: "Podemos e devemos incentivar a compra de casas em Portugal, uma segunda residência para que as estadas sejam mais prolongadas ou até mesmo permanentes", defendeu.
* Uma "pelintrice lusitana", o reformado estrangeiro não é um investidor por natureza e se comprar casa em Portugal vai ter mais facilidades que os cidadãos portugueses a troco de meia dúzia de euros que vêm de fora. Este governo é "o memorial da asneira".
Dêem os 828 milhões aos agricultores portugueses que perdera a sua fonte de rendimento com o último temporal
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