HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Novas portagens nas ex-SCUT
em Março e com ‘chip’ obrigatório
O Executivo está ainda a estudar a possibilidade de tornar obrigatório o uso de um identificador electrónico de cobrança equivalente à Via Verde.
O Governo comprometeu-se perante a ‘troika' a introduzir, em Março,
novas portagens nas antigas SCUT e em duas outras concessionárias de
auto-estradas.
Segundo o documento do Governo a que o Diário Económico teve acesso,
apresentado à ‘troika' durante a sexta avaliação do memorando de
entendimento, em Novembro passado, o objectivo operacional pretendido
com o processo de renegociação dos contratos entre o Estado português e
as concessionárias - sete ex-SCUT (sem cobrança ao utilizador)- é obter
uma poupança de cerca de 30,5 milhões de euros por ano.
Para tal, o Executivo pretende reduzir os custos de investimento e as
comissões pagas pela cobrança de portagens em 22%. Além disso, quer
implementar uma nova moldura operacional, assentando todo o serviço de
cobrança de portagens num simples ‘back office' a nível nacional, com a
redução das taxas cobradas pelos bancos e pela rede dos CTT, onde agora
se podem pagar as portagens através das modalidades pré-pagas, entre
outras.
O Governo assume, no mesmo documento, que a redução dos custos de
investimento já está concretizada e que o corte das comissões de serviço
de diversas entidades está praticamente concluído. A mudança da moldura
operacional de cobrança de portagens está a ser analisada, garante o
mesmo documento.Contactada pelo Económico, fonte oficial do Ministério
da Economia adiantou que "foram dadas em tempos orientações à Estradas
de Portugal [EP] para que procedesse a uma análise técnica de revisão do
sistema de cobrança MLFF ['multi lane free flow', mais conhecido por
sistema de pórticos], face aos desequilíbrios que o mesmo produz".
Nessas orientações dadas à EP, o Ministério da Economia sublinhava a
necessidade de "equidade no valor cobrado por veículo-quilómetro, de
igualdade de tratamento entre os utilizadores, que os princípios de
utilizador-pagador e de coesão territorial sejam aprofundados" e ainda
que a solução a apresentar pela EP "deve levar em conta o nível de vida
das várias regiões".
"Até ao momento, não foi recebido qualquer documento ou proposta da
Estradas de Portugal, pelo que não há, por isso mesmo, nenhuma decisão
tomada quanto ao novo modelo de cobrança", sublinha a mesma fonte
oficial do Ministério da Economia.
A mesma fonte do Ministério da Economia reitera o objectivo de
reduzir os encargos com PPP rodoviárias em pelo menos 250 milhões de
euros durante o presente ano e de cerca de 7.200 milhões de euros
durante a vida dos contratos.
* A obrigatoriedade de ter um chip par andar nas ex-Scut é inconstitucional, a Via Verde é uma útil alternativa de pagamento mas não é obrigatória.
E para já é um boato semelhante à TSU.
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