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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Cristóvão obteve informação
sobre árbitros nas Finanças
Ex-vice
presidente do Sporting é acusado de obter dados pessoais de árbitros
junto de uma funcionária da Autoridade Tributária. Ficheiro continha
nomes e dados das contas bancárias
A informação
pessoal sobre nomes e contas bancárias de árbitros da I Liga que terá
chegado às mãos de Paulo Pereira Cristóvão, ex-vice presidente do
Sporting, foi recolhida nos computadores da Autoridade Tributária.
Segundo o despacho de acusação da 9ª secção de Departamento de
Investigação e Acção Penal de Lisboa, Pereira Cristóvão terá contactado
com um funcionário reformado das Finanças, a quem forneceu uma lista de
nomes. Posteriormente, a companheira deste último, funcionária da
Autoridade Tributária no ativo, recolheu as informações.
Os nomes
terão sido posteriormente agrupados por ficheiros, sendo que um deles,
ainda de acordo com o despacho de acusação do Ministério Público,
continha, para além dos nomes, uma relação dos respetivos bens e contas
bancárias dos árbitros.
O documento do DIAP de Lisboa, que
confirma a acusação contra Paulo Pereira Cristóvão e Vítor Viegas,
refere que o valor da alegada burla ao Sporting rondará os 60 mil euros,
entre pagamentos a uma empresa ligada a Paulo Pereira Cristóvão e
pagamentos de faturas de quatro telemóveis ao dispor do arguido enquanto
vice-presidente do Sporting, que este terá distribuído por três
pessoas.
O ex-vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira
Cristóvão, juntamente com o sócio gerente da sociedade comercial
"Businlog", Vítor Viegas, foi acusado pelo DIAP de sete crimes relativo
ao caso Cardinal, no qual o árbitro assistente José Cardinal viu uma
quantia ser depositada na conta bancária no valor de dois mil euros dias
antes do jogo Marítimo-Sporting
Cristóvão foi assim acusado de um
crime de burla qualificada, um crime de branqueamento de capitais, um
crime de devassa por meio de informática, dois crimes de peculato, um
crime acesso ilegítimo qualificado, um crime de denúncia caluniosa
qualificada.
O Ministério Público requereu ainda a proibição de Paulo Pereira Cristóvão exercer qualquer atividade no dirigismo desportivo.
* Era um dos braços de Godinho Lopes e andava a tentar ser o Vale e Azevedo leonino.
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