19/12/2012

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Cristóvão obteve informação 
sobre árbitros nas Finanças

Ex-vice presidente do Sporting é acusado de obter dados pessoais de árbitros junto de uma funcionária da Autoridade Tributária. Ficheiro continha nomes e dados das contas bancárias

A informação pessoal sobre nomes e contas bancárias de árbitros da I Liga que terá chegado às mãos de Paulo Pereira Cristóvão, ex-vice presidente do Sporting, foi recolhida nos computadores da Autoridade Tributária. Segundo o despacho de acusação da 9ª secção de Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, Pereira Cristóvão terá contactado com um funcionário reformado das Finanças, a quem forneceu uma lista de nomes. Posteriormente, a companheira deste último, funcionária da Autoridade Tributária no ativo, recolheu as informações.
Os nomes terão sido posteriormente agrupados por ficheiros, sendo que um deles, ainda de acordo com o despacho de acusação do Ministério Público, continha, para além dos nomes, uma relação dos respetivos bens e contas bancárias dos árbitros.

O documento do DIAP de Lisboa, que confirma a acusação contra Paulo Pereira Cristóvão e Vítor Viegas, refere que o valor da alegada burla ao Sporting rondará os 60 mil euros, entre pagamentos a uma empresa ligada a Paulo Pereira Cristóvão e pagamentos de faturas de quatro telemóveis ao dispor do arguido enquanto vice-presidente do Sporting, que este terá distribuído por três pessoas.

O ex-vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, juntamente com o sócio gerente da sociedade comercial "Businlog", Vítor Viegas, foi acusado pelo DIAP de sete crimes relativo ao caso Cardinal, no qual o árbitro assistente José Cardinal viu uma quantia ser depositada na conta bancária no valor de dois mil euros dias antes do jogo Marítimo-Sporting

Cristóvão foi assim acusado de um crime de burla qualificada, um crime de branqueamento de capitais, um crime de devassa por meio de informática, dois crimes de peculato, um crime acesso ilegítimo qualificado, um crime de denúncia caluniosa qualificada.

O Ministério Público requereu ainda a proibição de Paulo Pereira Cristóvão exercer qualquer atividade no dirigismo desportivo. 

* Era um dos braços de Godinho Lopes e andava a tentar ser o Vale e Azevedo leonino.


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