HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Conselho Económico e Social
Recessão de 1% no próximo ano
é "irrealista"
O Conselho Económico e Social defende que não existe qualquer base objetiva para esperar um crescimento no segundo trimestre do próximo ano.
O Conselho Económico e Social (CES) considera que o cenário macroeconómico apresentado na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2013 será difícil de concretizar e classifica de "irrealista" a previsão de uma recessão de apenas 1% no próximo ano.
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De acordo com o projeto de parecer sobre o OE2013, elaborado pelo conselheiro Rui Leão Martinho e que será apreciado hoje na Comissão Especializada Permanente de Política Económica e Social (CEPES), "o CES considera dificilmente concretizável o cenário macroeconómico apresentado na proposta de Orçamento".
Entende que "a previsão de uma recessão de apenas 1% no próximo ano é irrealista" e que "não existe qualquer base objetiva para esperar que venha a haver crescimento no segundo trimestre de 2013".
O CES adverte que "o aumento da carga fiscal sobre as famílias irá acentuar a quebra do rendimento disponível, a qual terá efeitos recessivos, afetando não apenas o consumo, mas também o investimento".
Nesse sentido, o Conselho "vê com muita preocupação o aumento do IRS, que irá ter efeitos imediatos no rendimento disponível devido à alteração dos escalões e das tabelas de retenção na fonte e à sobretaxa de 4%".
Este aumento da carga fiscal, alerta o CES, irá conduzir à "contração da procura interna, que se vem tornando patente através do número elevado de insolvências e falências".
O CES chama igualmente a atenção para o facto de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter admitido ter calculado mal o impacto da austeridade sobre a economia.
"Enquanto antes estimava que com menos um euro na despesa se perdia 0,5 euros no PIB (Produto Interno Bruto), agora admite que essa perda varia entre 0,9 e 1,7", assinala o CES.
O CES estima ainda que no espaço de cinco anos, entre 2008 e 2013, a economia portuguesa tenha destruído quase 650 mil empregos, 428 mil dos quais desde que Portugal pediu ajuda externa à 'troika'.
O CES salienta o facto de Portugal ser dos países que mais está a reduzir o nível de emprego e em que a taxa de desemprego mais tem subido.
Prevê, por isso, que "no final do terceiro ano do programa de ajustamento (PAEF), Portugal terá menos 428 mil empregos do que no início do PAEF (-4,3% em 2012 e -1,7% em 2013)".
"Se atendermos a que o nível de emprego era de 5,198 milhões em 2008, prevemos que em 2013 terão sido suprimidos 647,7 mil empregos", lê-se no documento.
* Dum governo surreal o que se pode esperar, previsões irrealistas, eles "andem" aí, nas nuvens.
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