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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Empresários queixam-se mais da
Justiça do que da falta de crédito
Três mil empresas chumbam qualidade e rapidez do sistema judicial no primeiro inquérito sobre Justiça Económica.
Os empresários portugueses garantem que a ineficiência da justiça
prejudica mais o desenvolvimento dos seus negócios do que as
dificuldades de acesso ao crédito. No inquérito promovido pela
Associação de Comércio de Lisboa, em parceria com o INE e a Fundação
Manuel dos Santos, liderada por António Barreto, mais de três mil
empresas nacionais admitem que "a lentidão das decisões dos tribunais" é
o segundo obstáculo ao crescimento da sua actividade, só ultrapassado
pela crise económica.
Os dados ontem divulgados são ainda preliminares porque o estudo
completo sobre Justiça Económica, que está a ser liderado por António
Barreto e Luís Garoupa, só será conhecido em Dezembro.
Mas, para já, os
empresários portugueses são claros: a morosidade nas decisões são o
segundo maior entrave ao desenvolvimento económico e empresarial. A
dificuldades de acesso ao crédito, que tem sido apontada neste momento
de crise como um problema, surge mais à frente nas preocupações, na
quarta posição.
"Esta conclusão vem dar razão ao que há muito dizemos. É a primeira
vez que se faz um estudo científico por entidade independente e ficou
demostrando que a justiça económica tem que ser uma prioridade", reagiu
ao Diário Económico o advogado José Miguel Júdice, vice-presidente da
Associação Comercial de Lisboa, promotora da iniciativa. Júdice avisou
que a reforma da justiça "tem que ter prioridade" perante outras e
lembrou que a "justiça económica" é "crucial para o desenvolvimento do
país" e que os tribunais têm que ser "muito rápidos" a decidir.
* A "justiça económica" é uma léria dita por o dr. Júdice. Para haver justiça em Portugal é necessário que se desfaça o conluio entre o poder político e os grandes escritórios de advogados que são os que redigem as leis do país para conveniência própria e das suas clientelas. Para haver justiça em Portugal é necessário modificar o sistema eleitoral que implantou nesta terra uma ditadura de partidos.
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