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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Obtenção de crédito é o que mais castiga
. o contexto empresarial em Portugal
Portugal manteve-se na 30º posição do ranking do Banco Mundial que avalia o contexto regulamentar para fazer negócios, atrás da Irlanda e dos países Bálticos, mas 14 lugares à frente de Espanha e 48 da Grécia.
O Banco Mundial
divulgou hoje o seu mais recente relatório “Doing Business 2013” no
qual avalia, pelo nono ano consecutivo, a evolução do ambiente
regulatório para as empresas em 185 países.
Tal como no ano
passado, Portugal surge na 30º posição, imediatamente atrás da Áustria e
da Suíça, mas à frente de três países que na última edição surgiam
melhor classificados (Holanda, Bélgica
e França) e a uma distância considerável da vizinha Espanha (44º lugar)
e ainda maior da também resgatada Grécia (78º). A Irlanda caiu cinco
posições e surge agora no 15ª lugar, atrás do Reino Unido
mas à frente de Suécia (13º) e Alemanha (20º). Há três edições
consecutivas do Doing Business que Portugal mantém a 30ª posição. Nas
edições de 2010 e 2009, o país figurou no 48º lugar.
O ranking permanece neste ano liderado por Singapura, seguido (também sem mexidas nas posições) de Hong Kong, Nova Zelândia, Estados Unidos e Dinamarca. Na cauda, a República Centro Africana trocou de lugar com o Chade, seguindo-se Congo, Eritreia e Venezuela.
Não muito longe permanece Angola, em 172º. O Brasil voltou a deslizar:
depois de ter perdido seis posições no ano passado, caiu outras quatro
neste ano, e está agora no 130º posto.
O Doing Business avalia
condições regulamentares em dez áreas do ciclo de vida de uma empresa,
designadamente procedimentos (e tempo) exigidos para a sua abertura e
fecho, obtenção de licenças de construção, pagamento de impostos,
execução de contratos e obtenção de crédito. É precisamente nesta última
área que Portugal pior pontua: se fosse este o único critério para dar
“nota” ao contexto em que actualm as empresas, Portugal surgiria no 104º
lugar. O indicador do Banco Mundial mede o alcance das informações de
crédito e a eficiência dos direitos legais (por exemplo, o tipo de
garantias que podem ser fornecidas num contrato de empréstimo), não a
variação do fluxo de crédito.
Segue-se a obtenção de licenças de
construção (78º posto) e pagamento de impostos (77º). As melhores
classificações relativas vão para o comércio transfronteiriço (17ª
posição)m execução de contratos (22ª) e resolução de insolvências (23ª).
A abertura de empresas pontua pior do que a média do país (31ª).
No ano
passado, a iniciativa “Empresa na Hora”, que centralizou os
procedimentos para as empresas num balcão único, foi muito elogia pelo
BM, segundo o qual teria levado a um “aumento de 17% no registo de novas
empresas e à criação de sete novos postos de trabalho para cada 100 mil
habitantes em comparação com as economias que não implementaram esta
reforma”.
* A nós que entendemos pouco das varáveis utilizadas nesta avaliação surpreende-nos este 30º lugar dum país onde a burocracia, a tartaruga da justoiça e a corrupção são realidades do quotidiano. Inteligências...
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