HOJE NO
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Crédito à habitação.
PS leva a votos projecto inicial do... PSD
Deputados aprovam mudanças no crédito à habitação. Oposição obriga maioria a chumbar propostas que apresentou inicialmente
O PS vai hoje levar a plenário as propostas iniciais do PSD sobre
crédito à habitação. Os partidos da maioria chegaram a propostas
conjuntas, algumas mais recuadas que as iniciais. E por isso os
socialistas querem confrontar o PSD com o seu “recuo”.
“O PSD vai ter de votar contra a sua própria proposta original. Tem de
ser explícito que houve um recuo e que o PS estava disponível para
aprovar as propostas iniciais”, diz ao i o deputado socialista Duarte Cordeiro.
Esta quarta-feira, os projectos conjuntos da maioria foram aprovados na
especialidade (artigo a artigo) e serão aprovados hoje em plenário em
votação final global. Os projectos dos restantes partidos foram
maioritariamente chumbados.
Do PS foi aprovada a possibilidade de, sem penalizações e perda dos
benefícios fiscais, serem resgatados planos de poupança (PPR) para
pagamento das prestações de crédito à habitação. Passou ainda a proposta
socialista de a primeira licitação, quando uma casa vai a hasta
pública, ser de pelo menos 85% do valor-base (anteriormente era 70%).
PCP e BE não viram nenhuma das suas propostas aprovadas.
Quer o PSD quer o CDS deixaram cair as suas propostas iniciais.
Contudo, o PS “adoptou” – o que, segundo o regimento da Assembleia da
República, é possível – o projecto do PSD que se refere à reestruturação
da dívida das famílias e vai levá-la hoje a votos.
Também o Bloco de Esquerda vai levar a plenário alguns pontos das
propostas iniciais do PSD, nomeadamente o que se refere à dação em
cumprimento (entrega da casa ao banco para saldar a dívida), ao direito
de o cliente arrendar a sua casa depois desta ser entregue ao banco e
ainda ao não agravamento dos spreads em caso de divórcio e viuvez – uma
vez que, na proposta conjunta da maioria, os bancos podem agravar esse
spread caso a taxa de esforço do mutuário seja superior a 55%.
“Temos de confrontar a direita com a cedência à chantagem da banca”,
afirma ao i o deputado bloquista Pedro Filipe Soares.
Já o PCP ainda estava ontem, à hora de fecho desta edição, a decidir
quais os projectos que iria avocar para a votação em plenário. Contudo, a
crítica à maioria é a mesma: “Um caso inédito em que rejeitam as suas
propostas, o que só se justifica pela imensa pressão da banca e não
resolve o problema das famílias”, considera o deputado comunista Paulo
Sá.
Apesar de a esquerda levar a plenário alguns pontos dos projectos do
PSD, a maioria só irá aprovar o seu projecto conjunto – o que significa
que os sociais--democratas votarão contra a proposta que apresentaram.
O MINISTRO DA TUTELA |
o que vai mudar
Uma
família sem filhos não pode ganhar mais de 830 euros por mês para aceder
ao regime extraordinário que permite a renegociação dos créditos à
habitação em condições mais favoráveis. As contas foram feitas pela Deco
para a agência Lusa. O acesso a este regime extraordinário implica
vários critérios que as famílias têm de preencher e que aquela
associação considera “muito restritivos”, principalmente os rendimentos
das famílias.
* Estamos lixados e mal pagos...os partidos só olham para o umbigo.
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