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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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'The Economist'
Portugal passou de "aluno modelo"
a "exemplo de perigos"
Portugal passou, "em duas curtas semanas", de "aluno modelo" a "exemplo dos perigos que enfrentam os governos que levam a austeridade além" do que os eleitores conseguem tolerar, escreveu hoje a revista britânica "The Economist"
Num artigo
intitulado "O ponto de viragem: Quanta austeridade é demasiada
austeridade?", a revista afirma que o primeiro-ministro, Pedro Passos
Coelho, "parece ter levado as reformas além do limite do que é
considerado aceitável por larga parte do eleitorado".
"Nos 15
minutos que Passos Coelho demorou para anunciar o seu esquema na
televisão, no início do mês, conseguiu a notável proeza de unir não só
os partidos da oposição contra o seu plano 'intolerável', mas também os
sindicatos, os patrões e os economistas", escreve a publicação na edição
que será disponibilizada hoje nas bancas portuguesas.
O executivo
anunciou que vai reduzir a TSU em 5,75 pontos percentuais para as
empresas, financiando a medida com um aumento de sete pontos na
contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social.
De acordo
com a revista, "as políticas de Passos Coelho podem ter sido
bem-sucedidas em enfatizar as diferenças entre Portugal e a Grécia".
No
entanto, o primeiro-ministro "também está a descobrir que a austeridade
não pode ser levada além do limite determinado pelos eleitores, quer
estejam em motins violentos em Atenas ou em marchas pacíficas em
Lisboa".
Face às reações da oposição, dos sindicatos, dos patrões e
da população, que encheram as ruas de várias cidades do país no sábado,
a revista acredita que é "muito provável" que Passos Coelho altere seu
plano, "se não recuar completamente".
Referindo que o maior
partido da oposição, o PS, ameaçou apresentar uma moção de censura ao
Governo, a "The Economist" entende que a crise no seio da coligação
governamental é "potencialmente mais perigosa" para o primeiro-ministro.
"O
plano também abriu uma brecha potencialmente irreparável entre os dois
partidos na coligação governamental", o PSD e o CDS, lê-se no artigo.
* Toda a Europa sabe da fragilidade do governo português, Paulo Portas é o responsável, não é a primeira traição que ele comete contra o PSD, perguntem a Marcelo Rebelo de Sousa...
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