HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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As alterações ao regime
de crédito à habitação
Conheça as alterações ao regime de crédito à habitação que prometem facilitar a entrega de casas aos bancos.
1 - Bancos obrigados a reestruturar
O principal objectivo do novo regime extraordinário de crédito à
habitação é obrigar os bancos a reestruturarem os créditos de famílias
em situação económica muito difícil. No entanto, serão apenas elegíveis
as famílias que, cumulativamente, reunam um conjunto de condições, como
por exemplo, desemprego, taxa de esforço acima de 45%, um determinado
nível salarial que está dependente do agregado familiar (2,2 salários
mínimos para um casal com dois filhos menores, por exemplo) entre
outros.
2 - Dívida em falta mantém condições
O ponto mais
polémico do documento que começou ontem a ser votado na especialidade
era a impossibilidade de a entrega da casa ser suficiente para saldar a
dívida, a menos que o valor da avaliação do imóvel fosse igual ou
superior à dívida. Mas PSD e CDS recuaram. Ainda assim, nos casos em que
exista dívida remanescente o seu pagamento ficará sujeito às mesmas
condições do crédito à habitação, como por exemplo o ‘spread' e a
maturidade inicial do empréstimo.
3 - Bancos não podem agravar "spreads'
Os bancos
passam a não poder agravar ‘spreads' em casos como: arrendamento do
imóvel por mudança de local de trabalho ou desemprego de um dos membros
do casal; divórcio, separação judicial de pessoas e bens, dissolução de
união de facto ou falecimento de um dos cônjuges, mas apenas desde que o
mutuário demonstre ter uma taxa de esforço inferior a 55%. Esta regra
será válida para todos os contratos de crédito à habitação, incluída
portanto no regime geral.
4 - Casas dos bancos sem vantagens
O último
ponto da nova proposta apresentada pelos partidos da maioria é uma
novidade, não constando nas propostas de base. PSD e CDS-PP pretendem
assegurar que as condições oferecidas no crédito à habitação, regime
geral, dependem apenas do perfil de risco da operação e do cliente. Na
prática, isto significa que os bancos ficarão impedidos de oferecer
condições mais vantajosas, como ‘spreads' mais baixos na venda dos seus
próprios imóveis.
* Talvez se consiga reduzir o assalto...
.
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