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BARRAGEM DO ALQUEVA
A Barragem de Alqueva é a sétima maior barragem de Portugal (tem 96 metros de altura), situada no rio Guadiana, no Alentejo interior, perto da fronteira espanhola. É o maior lago artificial da Europa, com 250 km2 de superfície.
A sua capacidade, 4.150 hm3, permite a conquista do título de maior reservatório de água português.
A barragem foi construída com o objectivo de regadio para toda a zona do Alentejo e produção de energia eléctrica para além de outras actividades complementares. Diversas infra-estruturas do Sistema Global encontram-se já construídas e muitas outras em fase avançada de projecto.
Hoje, Alqueva está a tornar-se num dos destinos turisticos de excelência onde os fins de semana relaxantes ocupam lugar de destaque. A tranquilidade, aliada às inúmeras actividades e divulgação dos costumes tradicionais e artesanto local estão a tornar o Alqueva um lugar de eleição.
HISTORIA
As primeiras referências à necessidade de criar uma reserva de água no rio Guadiana, em pleno Alentejo, surgem há pelo menos 100 anos, embora o Projecto, enquanto Empreendimento de Fins Múltiplos, date de 1957, altura em que foi criado o Plano de Rega do Alentejo.
Identificada a origem de água no Guadiana, rio internacional partilhado com Espanha, foi necessário estabelecer um acordo que regulasse a utilização deste recurso.
Foi então celebrado o Convénio Internacional Luso Espanhol que veio atribuir a Portugal a exploração hidráulica do troço internacional deste rio entre as confluências do rio Caia e a da ribeira de Cuncos. Este Convénio, assinado em 1968, contemplava já a construção da barragem de Alqueva, elemento fulcral do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.
Entre avanços e recuos, fica na história a decisão governamental de 1975 de dar corpo ao Empreendimento e o início dos trabalhos em Alqueva, em 1976. As obras preliminares duraram apenas 2 anos, tempo para construir as ensecadeiras de montante e jusante; o túnel de desvio provisório do rio, de forma a permitir os trabalhos no seu leito; os acessos e infra-estruturas de apoio.
O Empreendimento entrou então numa fase de avaliações e novos estudos tendo o Governo decidido retomar o Projecto em 1993. Foi então criada a Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva que preparou e lançou os primeiros concursos públicos internacionais com vista à retoma do Empreendimento. Dois anos mais tarde, em 1995, essa Comissão deu lugar à EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S. A., que reiniciou os trabalhos em Alqueva.
Em Maio de 1998 tiveram lugar as primeiras betonagens e em Janeiro de 2002 ficou concluído o corpo principal da Barragem, o que permitiu o início do enchimento da albufeira de Alqueva a 08 de Fevereiro do mesmo ano.
CRONOLOGIA
-1968 - Celebração do Convénio Luso-Espanhol para utilização dos rios internacionais
-1975 - Aprovação pelo Conselho de Ministros da realização do Projecto
-1976 -Início das obras preliminares (ensecadeira/infraestruturas de apoio à obra)
-1978 - Interrupção das obras
1980 - Resolução do Conselho de Ministros determina a retoma dos trabalhos
1993 - Decisão do Conselho de Ministros para retoma do Empreendimento
-1993 - Criação da Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva (CIEA)
-1995 - Reinicio dos trabalhos
-1996 - Através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/96, o Governo assume "avançar inequivocamente com o projecto" com ou sem financiamento comunitário
-1996 - Adjudicação da empreitada principal de construção civil da barragem e central
-1998 - Início das betonagens.
-2000 - Adjudicação da empreitada para a execução do primeiro bloco de rega do Sistema Global de Rega
-2002 - Encerramento das Comportas e início do enchimento da albufeira (8 de Março)
-2002 - Abertura ao trânsito da estrada Portel/Moura sobre o coroamento
-2004 - Inauguração da Central hidroeléctrica
-2005 - Conclusão do contra-embalse (barragem de Pedrógão)
-2008 - Início das obras de ampliação da Potência Instalada da Barragem.
-2010 - A 1 de Janeiro, a albufeira de Alqueva regista o nível de água com a cota 150,17 metros acima do nível do mar, o que corresponde a 91 por cento da sua capacidade máxima. É o maior volume de água registado em Alqueva desde que as suas comportas foram encerradas.
-2010 - A 12 de Janeiro o nível de água armazenada atingiu a cota máxima de 152 metros, um metro abaixo do nível de máxima cheia para que a albufeira está preparada. Trata-se de um volume de água armazenada de 4.150 hectómetros cúbicos.
Com a construção da barragem a antiga aldeia da Luz ficaria submersa. Assim, após vários estudos e consulta popular optou-se pela construção de uma nova aldeia onde foram realojados os habitantes da antiga aldeia.
Foi também construído o museu da Luz com vista a preservar o património da antiga Luz e da região.
Dados Principais da Obra
BARRAGEM DE ALQUEVA
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UTILIZAÇÕES - Reserva / Rega / Abastecimento / Energia | |
LOCALIZAÇÃO | DADOS GERAIS |
Distrito -
Beja Concelho - Moura Local - Alqueva Bacia Hidrográfica - Guadiana Linha de Água - Rio Guadiana |
Promotor -
Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva SA (EDIA) Dono de Obra (RSB) - EDP - Direcção Operacional de Equipamento Hidráulico Construtor - Ace-Somague-Bento Pedroso-Cubiertas- Dragados Ano de Projecto - 1994 Ano de conclusão - 2002 |
CARACTERÍSTICAS HIDROLÓGICAS | CARACTERÍSTICAS DA ALBUFEIRA |
Área da Bacia
Hidrográfica - 55000 km2 Caudal integral médio anual - 2851000 x 1000 m3 Caudal de cheia - 12000 m3/s Período de retorno - 1000 anos |
Área inundada
ao NPA - 250000 x 1000m2 Capacidade total - 4150000 x 1000m3 Capacidade útil - 3150000 x 1000m3 Nível de pleno armazenamento (NPA) - 152 m Nível de máxima cheia (NMC) - 154,7 m Nível mínimo de exploração (Nme) - 135 m |
CARACTERÍSTICAS DA BARRAGEM | DESCARREGADOR DE CHEIAS |
Betão - Abóboda de dupla curvatura Altura acima da fundação - 96 m Cota do coroamento - 154 m Comprimento do coroamento - 458 m Largura do coroamento - 7 m Fundação - Rocha Volume de betão - 687 x 1000 m3 |
Localização - 2
no corpo da barragem e encontros Tipo de controlo - Controlado Tipo de descarregador - Soleira tipo Wes c/ canal a jusante Cota da crista da soleira - 139 m Desenvolvimento da soleira - 2 x 19 = 38 m Caudal máximo descarregado - 6300 m3/s Dissipação de energia - Trampolim |
DESCARGA DE FUNDO | CENTRAL HIDROELÉCTRICA |
Localização - Incorporada
na galeria de derivação provisória Secção da conduta - d 3m Caudal máximo - 160 m3/s Controlo a montante - Controlo a jusante - Dissipação de energia - Trampolim |
Tipo de central
- Pé da barragem c/ bombagem Nº de grupos instalados - 2 Tipo de grupos - Reversíveis Turbo/Francis Potência total Instalada - 240 MW Energia produzida em ano médio - 269 GWh |
LAZER
Alqueva
é o local ideal para relaxar ou estar activo. O descanto e
tranquilidade é o bem mais precioso. Todavia se procurar actividades
estas não faltam. Desportos naúticos, pesca, caça, passeios pedestres,
BTT. Confira o que Alqueva tem para lhe oferecer:
[] Go Alentejo
- Golf
- Caça
- Pesca
- Passeios de bicicleta (BTT)
- Nadar no maior lago da europa
- Desporto
À VOLTA DO ALQUEVA
IG. MATRIZ DE STO ANTÓNIO |
Saímos bem cedo dado que o dia vai ser longo.
Partindo de Reguengos dirigimo-nos a São Pedro do Corval, localidade
com a maior concentração de artesãos de barro do país com cerca de 35
olarias.
É uma localidade pacata onde pode parar à beira da estrada principal e comprar uns souvenirs. Lojas não faltam...
É uma localidade pacata onde pode parar à beira da estrada principal e comprar uns souvenirs. Lojas não faltam...
Voltamos à estrada em direcção a Monsaraz e fazemos um pequeno desvio
logo na primeira rotunda à esquerda para visitarmos a rocha dos
namorados.
Voltando à estrada passamos junta às Antas do Olival da Pega, monumentos edificados entre o 4.º e o 3.º milénio antes de Cristo; uma das evidências da ocupação desta região desde tempos pré-históricos.
Seguimos viagem e avistamos a vila acastelada de Monsaraz
que sobressai acima da planície alentejana. É uma vista muito bonita
digna de um registo fotográfico.Passamos por Telheiro, uma pequena
aldeia no
sopé da elevação em que Monsaraz se ergue, e paramos uns minutos para observar a fonte construída em 1723.
Subimos então até Monsaraz onde a vista nos deslumbra. Estacionamos à entrada da vila, num pequeno parque de estacionamento, já que a entrada de carro na vila está reservada a moradores. A vista é magnifica e avistamos a albufeira do Alqueva, várias povoações e ao longe Espanha.
Subimos então até Monsaraz onde a vista nos deslumbra. Estacionamos à entrada da vila, num pequeno parque de estacionamento, já que a entrada de carro na vila está reservada a moradores. A vista é magnifica e avistamos a albufeira do Alqueva, várias povoações e ao longe Espanha.
Subimos então até Monsaraz onde a vista nos deslumbra. Estacionamos à
entrada da vila, num pequeno parque de estacionamento, já que a entrada
de carro na vila está reservada a moradores. A vista é magnifica e
avistamos a albufeira do Alqueva, várias povoações e ao longe Espanha.
Entramos em Monsaraz pela porta da Vila. O chão é de xisto, as casas caiadas de branco e iniciamos a nossa visita. Viramos na primeira rua a esquerda e encontramos várias lojas de artesanato local.
Entramos em Monsaraz pela porta da Vila. O chão é de xisto, as casas caiadas de branco e iniciamos a nossa visita. Viramos na primeira rua a esquerda e encontramos várias lojas de artesanato local.
Seguimos pela rua empedrada de onde podemos observar a Porta da Cisterna
e seguimos até ao centro da vila, onde encontramos o Pelourinho e a
Igreja Matriz de Santa Maria da Lagoa cuja construção actual data do
século XVI.
Ao lado da Igreja fica o edifício
dos Paços da Audiência, que é o mais antigo imóvel dedicado a funções públicas. Funciona hoje como o Museu de Arte Sacra de Monsaraz.
Continuamos até ao castelo e subimos por umas escadas de ferro até ao cimo da muralha junto à torre de menagem. Chegados lá acima deparamo-nos com a praça de toiros, cercada por muralhas, e uma vista deslumbrante em todas as direcções. É difícil parar de olhar para a vista que se estende até ao infinito e nos transmite uma sensação de enorme tranquilidade.
Continuamos até ao castelo e subimos por umas escadas de ferro até ao cimo da muralha junto à torre de menagem. Chegados lá acima deparamo-nos com a praça de toiros, cercada por muralhas, e uma vista deslumbrante em todas as direcções. É difícil parar de olhar para a vista que se estende até ao infinito e nos transmite uma sensação de enorme tranquilidade.
De volta seguimos por outra rua do lado poente. Entre as casas e as ruas
estreitas e íngremes, não podemos deixar de pensar como teria sido a
vida aqui há muitos anos atrás quando os Cristãos tomaram Monsaraz aos
Mouros.O ambiente faz-nos, por breves momentos, esquecer que estamos no
século XXI, e sentimos algo de místico enquanto percorremos a vila. Mas o
nosso percurso vai ser longo e voltamos ao carro para continuar viagem.
Seguimos agora em direcção Mourão, descemos de Monsaraz e apanhamos a estrada que vem de Reguengos, virando à esquerda no cruzamento.
Seguimos agora em direcção Mourão, descemos de Monsaraz e apanhamos a estrada que vem de Reguengos, virando à esquerda no cruzamento.
A estrada é boa, uma das melhorias na
rede viária proporcionada pela barragem do Alqueva. Passamos pela nova
ponte sobre o Guadiana que é agora um enorme lago, bem diferente do
pequeno rio que passava por baixo da antiga ponte metálica. Chegamos a
Mourão e dirigimo-nos para o Castelo.
Implantado num ponto altaneiro e fronteiriço, o castelo de Mourão
conheceu, ao longo dos tempos, as investidas de forças inimigas que
levaram por diversas vezes à sua reconstrução e redimensionamento. O
castelo é composto por uma muralha medieval, que combina pedras de
xisto, mármore e granito, reforçada por seis torres. No castelo está
integrada a igreja Matriz de Nossa Senhora das Candeia edificada no séc.
XVII.
Deixamos Mourão e seguimos para a Aldeia da Luz.
Esta nova aldeia
Seguimos até à Aldeia da Estrela, um local que com a barragem de Alqueva se transformou numa península, com água em toda a sua volta excepto a estrada que liga à aldeia.
Vamos até ao restaurante Sabores da Estrela,
que tem da sua esplanada uma bonita vista para a albufeira do Alqueva.
Energia reposta, vamos então ver a barragem! Metemo-nos à estrada e
passamos pela Póvoa de São Miguel, paramos por breves instantes para
observar a Igreja Matriz e algumas chaminés das casas em estilo
mourisco. Seguimos pela estrada em direcção a Moura e chegados a um
cruzamento, para a esquerda fica Moura e para a direita a barragem,
olhamos para as horas e decidimos conhecer Moura que fica a apenas 4kms.
Em Moura visitamos o Jardim, e ao longe conseguimos vislumbrar o paredão da barragem do Alqueva.
Em Moura visitamos o Jardim, e ao longe conseguimos vislumbrar o paredão da barragem do Alqueva.
Não podemos deixar de reparar que em Moura a agua é
abundante com várias fontes espalhadas pela cidade sendo o local de
origem da conhecida água do Castelo. Junto ao jardim fica a Igreja de
São João Batista e bem perto existe uma entrada para o Castelo pela rua
do Arco que pode visitar.
Seguimos depois em direcção à barragem. Uma vez chegados verificamos que a barragem é enorme, elevando-se a cerca de 100 metros de altitude, impressiona pela sua dimensão e pela quantidade de água que sustêm.
Este projecto que ficou no papel dezenas
de anos, era quase um mito no Alentejo, um sinónimo de futuro
desenvolvimento, um sonho que entretanto se realizou..
Mas o dia vai adiantado e temos que prosseguir viagem. Seguimos então
para a Marina da Amieira,
passando em caminho pela aldeia de Alqueva que deu o nome à barragem, onde vemos a Igreja Matriz caiada de branco e azul, cores típicas do Alentejo.
A Marina da Amieira é o local de onde partem os cruzeiros pelo Alqueva, tem também barcos casa para alugar e que qualquer pessoa pode pilotar mesmo sem carta de marinheiro. Uma forma diferente de ficar alojado na região.
Voltamos à estrada em direção a São Marcos do Campo
mas em caminho paramos uns minutos para ver a vista fabulosa no
Miradouro do Monte. Chegados a São Marcos do Campo visitamos o centro da
localidade com a sua Igreja paroquial construída no século XVI.
A seguir passamos por Campinho,
uma pacata aldeia que tem agora um aeródromo e um ancoradouro e vamos
conhecer a Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus, localizada numa
das extremidades da aldeia.Voltamos finalmente a Reguengos, cansados, mas com vontade de conhecer mais, quem sabe noutro dia?
IN:
- WIKIPEDIA
- http://www.roteirodoalqueva.com
- http://cnpgb.inag.pt/gr_barragens/gbportuga
- http://www.alqueva.com
- http://www.alqueva.eu/
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