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HOJE NO
"RECORD"
Rita Garcia Pereira sobre Bruno de Carvalho:
«Havia questões que deixavam antever a suspeita»
«Havia questões que deixavam antever a suspeita»
Rita Garcia Pereira, que integrou a comissão de fiscalização criada por
Jaime Marta Soares que suspendeu a antiga direção do Sporting, confessou
que não houve propriamente um efeito surpresa na detenção de Bruno de
Carvalho.
"Para quem esteve no Sporting, não sei se posso dizer que estamos
completamente surpresos. Havia já questões inerentes à segurança e à
forma como o ataque a Alcochete se desencadeou que deixavam antever pelo
menos a suspeita. Associar a isso diretamente a pessoas da direção era
um passo que não me atrevia a dar", referiu na CMTV.
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A advogada explicou, porém, que o o processo disciplinar instaurado ao
ex-presidente dos leões "não teve nada a ver com estes factos": "Não
avaliámos nada que tivesse a ver com Alcochete. A partir do momento em
que existem as quebras de segurança, a alteração da hora do treino e a
conversa no aeroporto da Madeira, alguma coisa teria de se passar,
porque se agora queremos ir à Academia, não entramos com a facilidade
como entraram nesse dia. Por isso, teria de haver uma ordem superior
como aparentemente teve".
Deslizes na segurança
Rita Garcia Pereira admitiu que a segurança nas instalações do Sporting
nem sempre foi a melhor, do que se recorda: "Houve alguns deslizes com a
segurança enquanto lá estivemos... portas que não eram fechadas em dia
de jogos com equipas concorrentes, essencialmente isso. Não posso dizer
que fosse deliberado. Várias vezes foram deixadas portas abertas que
mediavam o acesso entre as equipas concorrentes e onde estávamos, isso
aconteceu. Responsável? O responsável em último caso, na minha
interpretação, é o responsável máximo pela segurança".
Eduardo Barroso:
«Tenho muita esperança que Bruno
de Carvalho não seja o mandante»
Eduardo Barroso está convicto de que Bruno de Carvalho não foi o
mandante do ataque à Academia de Alcochete. Em declarações à TVI, o
cirurgião recordou que conversou com o então presidente do Sporting na
altura dos acontecimentos.
"Se estou com esperança de ele não ser o mandante? Claro que estou. Será
para mim uma grande desilusão, uma tristeza muito grande, por ele, pela
família, pelo Sporting... Tenho muita esperança que Bruno de Carvalho
não seja o mandante disto. Aquilo foi uma coisa lamentável. Fui o
primeiro a dizer na televisão, dois dias depois daquilo, que acreditava
que Bruno de Carvalho não era o mandante. Ele classificou o crime como
hediondo. O "chato" já foi depois disso. Eu disse que se ele fosse o
mandante tinha de ser preso, não foi agora, foi há seis meses. E eu
tenho essa esperança [que não seja] porque perguntei-lhe várias vezes e
estou convicto de que me disse a verdade. Se se provar, ele vai pagar
por isso e tenho pena", explicou.
Questionado sobre as eventuais consequências desta situação nos casos
das rescisões, Eduardo Barroso não crê que existam: "Os jogadores
aproveitaram-se daquele ato para fazer a rescisão porque pensam neles
próprios, alguns voltaram atrás. Mandei mensagem ao Rui Patrício na
altura... Penso que não há relação direta ou indireta com o facto de ser
ou não o presidente o mandante. Ele já não está lá. Se assim fosse, era
motivo para voltarem todos porque ele já não está lá. Para atacar Bruno
de Carvalho, há muita gente. Ouvi muitos sportinguistas dizerem que foi
o melhor dia da vida deles, o que acho inaceitável. Fez um trabalho tão
bom em quatro anos que de 53 por cento passou para 93 por cento dos
sócios a votar nele, o que correspondia a 88 por cento dos votos. Ele
enganou todos os sportinguistas? Claro que não. O problema é que ninguém
esperava. Ninguém pode criticar que eu continue a ter uma esperança que
o presidente do Sporting em quem eu votei não tenha sido o mandante
desse ato bárbaro".
* A dra. Rita Garcia Pereira sabe do que fala, nas suas discrição e prudência percebe-se até que ponto a suspeita era grande.
** Ao professor Eduardo Barroso, homem respeitado de ciência, lembramos que Hitler fez coisas extraordinárias pela Alemanha e acabou na história como um dos mais hediondos assassinos de todos os tempos. Pensamos que o ex-presidente do SCP se pudesse ser um "hitler doméstico" não hesitaria.
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