HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Sindicato dos Jornalistas
denuncia “crescente ambiente
de hostilidade” no futebol
O
Sindicato dos Jornalistas denunciou hoje à Assembleia da República, à
Procuradoria-Geral da República e ao Ministério da Administração Interna
o “crescente ambiente de hostilidade” contra jornalistas que cobrem
eventos desportivos, nomeadamente futebol, após queixas de vários
órgãos.
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Em comunicado publicado na sua página na internet, o
Sindicato dos Jornalistas informa que em causa está uma exposição de
motivos, enviada também às polícias, na qual esta estrutura assinala que
“a liberdade de imprensa, pilar fundamental da democracia, está a ser
condicionada por pressões ilegítimas e ameaças graves à integridade
física e à dignidade profissional dos jornalistas”.
Por isso, o
sindicato “exorta o Estado português e as entidades responsáveis, quer
pela segurança pública, quer pela organização de eventos desportivos,
quer pela proteção dos jornalistas e do jornalismo, a tomarem uma
posição firme no sentido de garantir o livre exercício da liberdade de
imprensa, constitucionalmente consagrado”.
A exposição de motivos
hoje enviada teve por base “as principais queixas e preocupações dos
órgãos de informação nacionais que disponibilizaram relatórios”, entre
os quais a agência de notícias Lusa, os jornais A Bola, O Jogo, Público e
Record, a rádio RDP/Antena 1, o canal de televisão Sport TV e o jornal
‘online’ Mais Futebol.
“O Sindicato dos Jornalistas considera que
não são necessárias mais leis, importa é monitorizar e fiscalizar a
aplicação prática das já existentes e impor sanções aos que as
transgridem, dentro ou fora dos recintos desportivos”, argumenta a
estrutura sindical.
Ainda assim, o sindicato lembra que,
recentemente, a Assembleia da República aprovou uma alteração do Código
Penal que passa a considerar crime público as agressões a jornalistas no
exercício das suas funções ou por causa delas, pelo que exige que as
“entidades responsáveis garantam a segurança dos jornalistas” e sugere a
presença nas zonas de trabalho reservadas à imprensa.
“A
liberdade de imprensa exige condições de segurança para ser exercida e
que essas condições de segurança são de responsabilidade partilhada
entre autoridades públicas, entidades como a Liga Portuguesa de Futebol
Profissional e a Federação Portuguesa de Futebol e os clubes
desportivos”, adianta o Sindicato dos Jornalistas.
* Se não fossem os jornalistas Portugal seria um dos piores destinos do mundo.
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