HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Há escravatura nos barcos do Douro?
O CDS-PP quer resposta do Governo
O CDS-PP questionou o Ministério do Trabalho sobre a alegada existência de “escravatura laboral” nos barcos turísticos no Douro, instando o Governo “a clarificar a sua veracidade e, sendo verdade, que medidas podem e estão a ser tomadas para resolver a situação”.
Na passada sexta-feira, 8 de Setembro, o Público publicou um extenso
trabalho sobre a alegada existência de "escravatura laboral" no negócio
dos barcos turísticos no rio Douro, citando Gonçalo Gomes,
"ex-trabalhador de três empresas de passeios fluviais", que descreveu um
cenário "de medo e precariedade" entre os cerca de 500 trabalhadores
que laboram nestas embarcações.
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Esta quarta-feira, 13 de
Setembro, o CDS-PP questionou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e
Segurança Social sobre esta matéria, acrescentando que, "além das
denúncias sobre o não cumprimento dos salários acordados, bem como das
folgas e horário de trabalho, refere-se ainda a falta de condições de
dormida, higiene e alimentação dos trabalhadores".
Para
o CDS-PP, "o Governo tem de perceber que o crescimento do turismo
representa para si uma enorme vantagem, quer porque cria empregos, quer
porque gera mais receita e activa a economia. E o sector privado precisa
de sentir que está a fazer a sua parte na construção das bases para um
turismo sustentável".
O CDS-PP entende, "por tudo isto",
ser "necessário clarificar a veracidade" das denúncias sobre o que se
passa, a nível laboral, a bordo das embarcações turísticas no Douro, "e,
sendo verdade, que medidas podem e estão a ser tomadas para resolver a
situação".
Numa tripla pergunta entregue na Assembleia da
República, o CDS-PP requer à Autoridade para as Condições do Trabalho
(ACT), através do Ministério do Trabalho, respostas sobre esta matéria.
"Tem
a ACT conhecimento das denúncias feitas pelos trabalhadores das
operadoras de turismo do Douro?" é a primeira pergunta formulada pelos
deputados Hélder Amaral, Filipe Anacoreta Correia e António Carlos
Monteiro, que querem também respostas a estas questões: "Que medidas
estão a ser tomadas para averiguar da veracidade destas acusações e
resolver, no imediato, a situação dos trabalhadores?" e "Com que
periodicidade são realizadas inspecções às empresas em causa pela ACT?
Quantos processos foram instaurados nos últimos anos? Com que
resultados?"
Num "post" publicado na sua página no
facebook, o empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, maior
operadora turística no rio Douro, nega a existência das práticas
denunciadas por Gonçalo Gomes.
Sobre este auto-intitulado
porta-voz da Plataforma Laboral e Popular (PLP), Mário Ferreira
classifica-o como "um terrorista social, um homem que aparenta uma grave
perturbação mental", que "tem uma postura de culto a Che Guevara mas
com um estilo próprio de terrorista e anarquista", e que "tem nos
últimos meses feito várias ameaças a muitos operadores turísticos no
Douro".
* Já viajámos pelo menos em quatro empresas diferente Douro acima e Douro abaixo, como passageiros é quase impossível apercebermo-nos como é feita a gestão de recursos humanos. É caso para o Ministério Público investigar.
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