HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Ministro diz que general do Exército
"não é inimputável"
Críticas à decisão de deixar Kosovo levam ministro a dizer que "general no ativo mais rede social não costuma dar bom resultado"
O ministro da Defesa afirmou esta quarta-feira que o comandante operacional do Exército "não é inimputável".
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Azeredo
Lopes falava aos jornalistas sobre as críticas feitas domingo pelo
tenente-general Faria Menezes, número três da hierarquia do Exército, à
decisão do poder político de terminar a missão militar no Kosovo.
"Estamos a falar de alguém que, a meu ver
menos bem, decidiu exprimir a sua opinião, aliás entretanto
aparentemente corrigida na mesma rede social", observou o governante, à
margem da visita aos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo.
"Está
demonstrado que um general no ativo mais rede social não costuma dar
bom resultado", referiu o ministro da Defesa acrescentando: "Tenho de
dizer isto porque, se recusasse comentar, estaria evidentemente a tratar
quem exprimiu a sua opinião como se fosse alguém inimputável e ele não é
inimputável."
Domingo, através da rede
social Facebook, Faria Menezes disse que o fim da missão militar no
Kosovo era "uma decisão política, com pouca ou nenhuma discussão
mediática ou em sede parlamentar".
Horas
depois, noutro texto, o mesmo tenente-general assumiu que aquela era
uma ""decisão legítima do Estado" e afirmou-se "totalmente empenhado" em
cumpri-la.
* O ministro Azeredo Lopes tem-se saído muito bem quando galões e estrelas se esquecem que estão subordinadas ao poder civil, que os ramos das Forças Armadas têm veículos próprios de comunicação pública e um ministro civil que as tutela. No topo da hierarquia e num regime democrático a obediência tem de ser absoluta, se não gostam escolham outro ofício.
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