HOJE NO
"OBSERVADOR"
Rússia-EUA.
Diretor interino do FBI rejeita pressões
.para parar investigação
.para parar investigação
Donald Trump despediu James Comey do comando do FBI. O seu substituto, Andrew McCabe, garantiu no Senado que "não houve qualquer esforço para parar a investigação" à ligação Trump-Rússia.
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O FBI ainda não se recompôs do afastamento compulsivo do seu
ex-diretor, James Comey, e já o diretor interino, Andrew McCabe, está a
ser ouvido no Congresso norte-americano — juntamente com altos
responsáveis dos serviços secretos norte-americanos. Depois das mudanças
introduzidas por Donald Trump, McCabe está a ser confrontado com
questões sobre o funcionamento interno da organização e as (alegadas)
relações entre a campanha de Trump e responsáveis russos. E deixou a
garantia: “Não houve qualquer esforço para impedir a nossa investigação
até este momento”.
Além de ilibar a administração Trump, McCabe
deixou ainda garantias de que o organismo de investigação que dirige
temporariamente não é abalado por pressões. “Falando em termos simples,
não é possível impedir os homens e mulher do FBI de fazer a coisa certa,
proteger o povo americano e defender a Constituição”, disse o diretor
interino, em resposta a uma questão do senador Marco Rubio.
O processo de substituição de James Comey está em curso, a
ritmo acelerado, depois de o ex-diretor ter recebido uma carta do
presidente norte-americano dando-lhe conta de que estava dispensado das
suas funções. “Não consegue liderar efetivamente” os serviços de
informação norte-americanos, justificou Donald Trump.
Esta quinta-feira, refere o
Washington Post, McCabe — antigo número dois de Comey — vai entrar no
comité de informação do Senado acompanhado por quase todos os altos
funcionários do FBI responsáveis por detetar e prevenir operações de
espiões russos em solo norte-americano ou que visem autoridades daquele
país. Do grupo fazem parte o diretor da CIA, Mike Pompeo, o diretor do
departamento nacional de informação, Daniel Coats, o diretor da agência
nacional de segurança, Mike Rogers, entre outros.
A expectativa é,
por isso grande. Os vários responsáveis, sobretudo McCabe, poderão dar
novas pistas sobre o trabalho em curso no FBI no que diz respeito à
investigação às ligações entre o núcleo duro do agora presidente
norte-americano durante a campanha e responsáveis russos.
Mais do
que pormenores da investigação, o diretor interino do FBI poderá dar
conta da capacidade dos serviços para garantir a sua independência face
ao poder político — uma garantia por que o Congresso aguarda com
ansiedade, sobretudo para contrabalançar as suspeições de que a ação de
Trump, o despedir Comey, visava precisamente fragilizar o FBI e afetar
investigações em curso.
Neste momento, Michael Flynn é o indicador
mais claro de que algum tipo de contacto houve entre as duas partes. O
conselheiro para as questões de segurança nacional foi forçado a
apresentar a demissão depois de ter ficado provado que teve contactos
potencialmente ilegais com o embaixador russo nos EUA e de ter omitido
essa informação ao vice-presidente Mike Pence. Mas não foram apenas
contactos. Flynn também foi acusado de ter recebido pagamentos de
empresas com ligações a Moscovo.
* Andrew McCabe não é pera doce e Trump é um imbecil perigoso!
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