HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Alojamento local:
PCP concorda que condomínios intervenham, Bloco diz que só traz litígios
PCP diz que proposta do PS para
condomínios autorizarem arrendamento a turistas faz sentido, mas o Bloco
diz que é pouco e que vai criar litigiosidade entre vizinhos. O Governo
não se pronuncia e remete para o Parlamento, sendo certo que esta nunca
foi uma solução defendida pela secretária de Estado do Turismo.
O tema do alojamento local está de volta ao Parlamento, depois de o
grupo parlamentar do PS ter dado entrada, esta quarta-feira, 24 de
Maio, com uma proposta de diploma que prevê deixar nas mãos das
assembleias de condóminos dos prédios em regime de propriedade
horizontal a decisão sobre se no edifício deverão ou não existir
fracções destinadas ao arrendamento de curta duração a turistas.
A
iniciativa é assinada por dois deputados socialistas, Carlos Pereira e
Filipe Neto Brandão e prevê que, ao rol de documentos necessários ao
registo de estabelecimento de alojamento local os proprietários deverão
também passar a ter de juntar "a cópia da deliberação da assembleia
geral de condóminos que autorize o titular da exploração do
estabelecimento a exercer a respetiva atividade".
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Depois desta proposta, também o PCP e o Bloco de Esquerda se preparam para avançar com iniciativas próprias e, se os comunistas dizem que "faz sentido" a posição socialista, já o Bloco entende que "fica aquém do esperado" e que "vai criar litigiosidade entre condóminos.
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Depois desta proposta, também o PCP e o Bloco de Esquerda se preparam para avançar com iniciativas próprias e, se os comunistas dizem que "faz sentido" a posição socialista, já o Bloco entende que "fica aquém do esperado" e que "vai criar litigiosidade entre condóminos.
Segundo
os deputados do PS – que frisam ser esta uma iniciativa corroborada
pelo grupo parlamentar – esta foi a forma que encontraram para resolver a
questão que tem dividido os tribunais levando mesmo à existência de
sentenças contraditórias sobre se a actividade de alojamento local
deverá ou não ter uma autorização do condomínio.
O
objectivo, é "assegurar que a atividade de alojamento local, no caso de
prédios urbanos destinados a habitação, não seja exercida com
desconsideração dos direitos dos demais condóminos, assim procurando
garantir o desejável bom relacionamento entre os vários condóminos" e
Carlos Pereira explica que se trata de uma "intervenção cirúrgica para
resolver este problema específico".
Pedro Soares, do
Bloco de Esquerda, lamenta que seja tão cirúrgica. "É insuficiente e
fica aquém do que tinha ficado decidido no grupo de trabalho" criado no
Parlamento entre PS e BE para discutir as questões da habitação. No
relatório final, duas recomendações em matéria de alojamento local:
quotas de condomínio mais elevadas para os proprietários que optassem
por esta actividade e a imposição de quotas para quem tivesse mais
imóveis no alojamento local: uma percentagem teria obrigatoriamente de
ir para o arrendamento habitacional. Nada disso avançou, para já.
Quanto
ao PCP, o outro partido que apoia o Governo no Parlamento, a opinião é,
para já, positiva. Paula Santos, deputada comunista, disse ao Negócios
que o partido considera que "faz sentido que os condóminos tenham uma
palavra a dizer porque o alojamento local também traz todo um conjunto
de transtornos para os vizinhos.
Nas próximas semanas, tanto o PCP como o Bloco vão apresentar
propostas próprias. Já o Governo, não se pronuncia e remete o assunto
para o Parlamento. Sendo certo, porém, que a intervenção obrigatória dos
condóminos nunca foi uma posição publicamente defendida pela secretária
de Estado.
* É muito blá, blá, blá,
* É muito blá, blá, blá,
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