HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Regulador da aviação não aprova
aumento das taxas nos aeroportos
A
Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) não aprovou, a título
provisório, a entrada em vigor das taxas aeroportuárias definidas pela
ANA - Aeroportos de Portugal para este ano, continuando a ser aplicadas
os preços fixados em 2016.
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AEROPORTO FRANCISCO SÁ CARNEIRO |
Segundo explicou à agência Lusa fonte
do regulador, a decisão ocorre porque a ANAC considerou, no seguimento
das reclamações das companhias aéreas, “não estarem reunidas as
condições necessárias” para avançar com o aumento das tarifas, tendo
solicitado mais informação à ANA.
Nesse sentido, a autoridade
aguarda elementos adicionais e, quando os receber, tomará uma decisão
definitiva - que poderá levar ao chumbo ou aprovação das novas tarifas
aeroportuárias.
Até a emissão de uma decisão final pelo
regulador, a ANA “irá aplicar nos aeroportos da rede os quantitativos
das taxas sujeitas a regulação económica aprovados e em vigor desde
janeiro de 2016”, lê-se na página da empresa que gere os aeroportos
portugueses.
A empresa liderada por Ponce de Leão, que desde o
início de 2013 está nas mãos do grupo francês Vinci, propôs, em
novembro, o aumento das taxas aeroportuárias em 22 cêntimos por
passageiro no aeroporto de Lisboa este ano, em 15 cêntimos no aeroporto
de Faro, em 11 cêntimos no Porto e em 10 cêntimos nos Açores, ficando
inalteradas as taxas nos aeroportos da Madeira e no Terminal Civil de
Beja.
A variação do conjunto das taxas reguladas da ANA traduz-se num aumento médio de 1,69% em 2017, segundo a empresa.
A
subida foi contestada pela Associação das Companhias Aéreas em Portugal
(RENA), que considerou o aumento inaceitável e defendeu uma intervenção
“mais ativa” do regulador e do Governo.
“São aumentos
injustificados e injustos. Não faz sentido nenhum. Se há uma subida do
número de passageiros nos aeroportos que, por si só já gera receita para
a ANA, é um contrassenso: aumentam os passageiros e aumentam as taxas,
quando devia ser o inverso”, defendeu Paulo Geisler, presidente da RENA.
* O governo de Passos/Portas vendeu a ANA a preço de saldo e a Vinci ficou com a galinha dos ovos de ouro.
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