30/01/2017

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"

Regulador da aviação não aprova 
aumento das taxas nos aeroportos

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) não aprovou, a título provisório, a entrada em vigor das taxas aeroportuárias definidas pela ANA - Aeroportos de Portugal para este ano, continuando a ser aplicadas os preços fixados em 2016.
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AEROPORTO FRANCISCO SÁ CARNEIRO
Segundo explicou à agência Lusa fonte do regulador, a decisão ocorre porque a ANAC considerou, no seguimento das reclamações das companhias aéreas, “não estarem reunidas as condições necessárias” para avançar com o aumento das tarifas, tendo solicitado mais informação à ANA.

Nesse sentido, a autoridade aguarda elementos adicionais e, quando os receber, tomará uma decisão definitiva - que poderá levar ao chumbo ou aprovação das novas tarifas aeroportuárias.

Até a emissão de uma decisão final pelo regulador, a ANA “irá aplicar nos aeroportos da rede os quantitativos das taxas sujeitas a regulação económica aprovados e em vigor desde janeiro de 2016”, lê-se na página da empresa que gere os aeroportos portugueses.

A empresa liderada por Ponce de Leão, que desde o início de 2013 está nas mãos do grupo francês Vinci, propôs, em novembro, o aumento das taxas aeroportuárias em 22 cêntimos por passageiro no aeroporto de Lisboa este ano, em 15 cêntimos no aeroporto de Faro, em 11 cêntimos no Porto e em 10 cêntimos nos Açores, ficando inalteradas as taxas nos aeroportos da Madeira e no Terminal Civil de Beja.

A variação do conjunto das taxas reguladas da ANA traduz-se num aumento médio de 1,69% em 2017, segundo a empresa.

A subida foi contestada pela Associação das Companhias Aéreas em Portugal (RENA), que considerou o aumento inaceitável e defendeu uma intervenção “mais ativa” do regulador e do Governo.

“São aumentos injustificados e injustos. Não faz sentido nenhum. Se há uma subida do número de passageiros nos aeroportos que, por si só já gera receita para a ANA, é um contrassenso: aumentam os passageiros e aumentam as taxas, quando devia ser o inverso”, defendeu Paulo Geisler, presidente da RENA.

* O governo de Passos/Portas vendeu a ANA a preço de saldo e a Vinci ficou com a galinha dos ovos de ouro.

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