HOJE NO
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1º Dezembro.
PSD não foi porque não gostou do convite
Partido da oposição foi criticado por não ir ao
aniversário da restauração da independência. Mas havia um porquê para a
ausência.
A ausência foi notada. O líder da oposição
Pedro Passos Coelho não esteve ontem presente nas celebrações do
aniversário do 1º de Dezembro de 1640, na praça dos Restauradores, em
Lisboa.
As cerimónias presididas por Marcelo Rebelo de Sousa contaram com o
primeiro-ministro António Costa, com o presidente da Câmara Municipal de
Lisboa Fernando Medina, com o chefe da Casa Real D. Duarte de Bragança,
com a líder do CDS-PP Assunção Cristas, com o coordenador do movimento
dedicado ao dia Ribeiro e Castro, e também com altas patentes militares.
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A reunião de personalidades políticas e a relevância histórica da
Restauração da Independência fizeram notar o facto de nenhum rosto
conhecido do PSD se encontrar sentado entre estas.
Provocação
O i sabe que o PSD não apreciou o tom em que o convite da
Sociedade Histórica da Independência de Portugal foi endereçado, na
medida em que louvava amplamente António Costa por ter reinstaurado o
primeiro dia de dezembro como feriado nacional. A referência política
não terá agradado aos sociais-democratas que o interpretaram como uma
“provocação gratuita”, revelou fonte partidária ao i, salientando que
“distritais, autarquias e deputados do PSD celebraram o 1º de Dezembro
por todo o país”.
O evento não é oficial no sentido em que é organizado por essa
sociedade e não pelo governo, pela presidência ou pela Assembleia da
República.
Apesar de o PSD não estar presencialmente no local, esteve presente
no discurso de António Costa, que não se coibiu de enviar umas ‘farpas’
ao anterior governo liderado por Passos Coelho. O atual
primeiro-ministro atirou: “Houve quem menosprezasse a importância desta
data maior na história da nossa pátria”.
“NUnca” O Presidente da República também não se dedicou a simpatias
com o seu partido, criticando a opção tomada por Passos na anterior
legislatura.
Marcelo afirmou que se trata de um “feriado que nunca deveria ter
sido suspenso”, referindo depois a importância da “independência
financeira e económica” e da recusa de “minimizações inaceitáveis” e
“submissões” – num discurso que parecia ser mais sobre o período de
assistência financeira a Portugal entre 2011 e 2015 do que sobre o
reinado dos Felipes em Portugal no século XVII.
Um parlamentar do PSD reagiu às declarações do Presidente da
República, dizendo ao i: “Era bom que o senhor Presidente se preocupasse
mais em evitar que Portugal volte a estar em pré-bancarrota e a ter que
pedir ajuda externa para pagar salários. É nestes dias que nos
recordamos de Teixeira dos Santos a dizer: só temos dinheiro para pagar
mais um mês de salários. Isso sim é colocar em causa a nossa
independência e não é por ser feriado que ela é mais defendida”. Costa
havia defendido a importância do feriado como pertencente a um grupo de
“acontecimentos históricos com atualidade fundamental”.
Na conclusão da homenagem, coroas de flores foram dispostas em
homenagem ao grupo de insurgentes que se rebelou contra o domínio
espanhol em 1640, levando à restauração da independência nacional e ao
início da dinastia de Bragança.
* O sr. Passos Coelho parece estar com um "prurido frustrante" desde há mais de um ano, o melhor é mudar de pó de talco.
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