HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Provas de fraudes
escondidas em parede falsa
Contabilista, de 58 anos, escondeu milhares de documentos comprometedores em casa.
Milhares de documentos comprometedores estavam escondidos atrás de uma parede falsa em casa de Joaquim Sampaio Oliveira. O discreto técnico oficial de contas, de 58 anos, é um dos pilares em que assentava o esquema de fraude milionária à Segurança Social, liderado pelos irmãos e advogados Salgado, que foi desmontado na megaoperação Trapos Soltos, da PJ de Braga.
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FAZ DE CONTAS |
O contabilista, com um modesto escritório – o FantasConta – no rés do chão de uma casa numa freguesia de Famalicão, é um dos oito arguidos no elaborado esquema de fraude, que terá lesado o Estado em 15 milhões de euros, em apenas cinco anos. Desde apoios do QREN, recebidos para empresas-fantasma, até faturação fictícia para ficar com o reembolso do IVA, o grupo, indiciado por associação criminosa, fazia de tudo para enganar o Estado.
Na moradia em que Joaquim Sampaio Oliveira vive, na rua Francisco Brandão, em Sequeiró, Santo Tirso, os inspetores conseguiram perceber a existência de uma parede falsa que dava acesso a um quarto, onde o contabilista tinha arquivadas centenas de pastas com milhares de documentos que podem provar as burlas e que tiveram de ser transportados num camião para a Judiciária de Braga. Vão agora ser analisados.
O contabilista está em liberdade, tal como os restantes comparsas, mas não pode exercer as funções. A procuradora alertou que se tem relacionado com uma pessoa no Brasil e, por isso, existe o perigo de fuga.
* De colarinho branco e toga.
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