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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Diretor-geral da Saúde contesta dados
da OMS sobre tuberculose
Francisco
George afirmou que a taxa de incidência da tuberculose, em Portugal, tem
diminuído desde 2000, estando o país "abaixo da linha vermelha" dos 20
casos por cem mil habitantes
O
diretor-geral da Saúde, Francisco George, contestou os dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a incidência da tuberculose em
Portugal, salientando que se trata de estimativas com margens de erro.
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Um
relatório da OMS, divulgado esta quinta-feira, assinala que Portugal
era, em 2015, o país da Europa Ocidental com a maior taxa de incidência
de tuberculose, com 23 casos por cem mil habitantes.
À
Lusa, o diretor-geral da Saúde sustentou, reagindo ao relatório, que a
OMS apresenta "estimativas com margens de erro, e não números reais,
absolutos".
Em comunicado, Francisco
George esclarece que a taxa de incidência de tuberculose em Portugal, em
2015, era de 19,2 casos por cem mil habitantes, precisando que, no ano
passado, foram diagnosticados e comunicados à Direção-Geral da Saúde
(DGSaúde) 1987 novos casos da doença (excluindo retratamentos) de um
total de 2158.
"Oportunamente, já
tínhamos dito aos relatores que não concordávamos com o relatório e com a
fórmula apresentada. Em Portugal, não há estimativas, há números
absolutos correspondentes a cada caso que é diagnosticado e tratado",
frisou, acrescentando que foi pedida à OMS uma auditoria ao sistema de
informação usado pela DGSaúde, para que não seja aplicada a margem de
erro nas estatísticas.
Para países como
Portugal, com "sistemas de informação rigorosos que não foram
auditados", é aplicada uma margem de erro, invocou.
O
diretor-geral da Saúde apontou que a taxa de incidência da tuberculose,
em Portugal, tem diminuído desde 2000, estando o país "abaixo da linha
vermelha" dos 20 casos por cem mil habitantes.
"Mas
temos a noção de que temos de continuar a trabalhar muito", comparando
com os valores dos países na Europa Ocidental, ressalvou.
De
acordo com o relatório da OMS, que tem estimativas sobre a doença à
escala global, Portugal foi, em 2015, em termos europeus, apenas
superado por países do Leste como Rússia, Roménia, Moldávia, Geórgia,
Ucrânia, Bósnia-Herzegovina, Arménia, Bielorrússia, Letónia e Lituânia,
com taxas de incidência da tuberculose superiores à da região europeia,
que foi de 36 casos por cem mil habitantes.
Apesar
da prevalência em Portugal, a DGSaúde realçou, em março, na divulgação
de dados sobre a infeção, que o país atingiu, no ano passado, o número
mais baixo de sempre de casos de tuberculose.
* Só uma pessoa com muita competência tem um percurso transversal a vários governos num lugar tão desejado como é o de Director-geral da DGS.
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