14/06/2016

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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Ciberespaço passa a ser zona de guerra

O ciberespaço vai passar a ser uma zona de guerra segundo adiantou, em Bruxelas, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no quartel-general da Aliança Atlântica.

As declarações foram proferidas esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa, após a reunião de ministros da Defesa, onde participou o governante português Azeredo Lopes, como preparação para a cimeira de Varsóvia, agendada para julho.
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Até agora o domínio das operações militares envolvia terra, mar e ar, mas agora inclui também as ações militares para defesa de ciberataques. Jens Stoltenberg frisou que um ciberataque pode vir a ser razão suficiente para um estado-membro invocar o artigo V para acionar a defesa coletiva da Aliança Atlântica. No entanto, o secretário-geral explicou que não se trata de qualquer ciberataque em termos absolutos, até porque identificar a origem de um ciberataque "raramente é fácil".

Na prática, este reconhecimento da importância do ciberespaço como área de operações e defesa deverá levar os estados-membros a reforçarem as suas defesas neste setor, até porque se não o fizerem dificilmente poderão identificar a origem.

As extremas preocupações com a Rússia expressas por vários jornalistas de leste presentes na conferência de imprensa levaram, no entanto, Jens Stoltenberg a adiantar que "não há qualquer risco iminente de um ataque externo a um país da NATO". E considerou que os quatro batalhões a enviar para o leste são o suficiente para garantir a dissuasão, isto como resposta a um jornalista de leste que questionou se aquela força seria a suficiente.

Mais complexa parece revelar-se a necessária resposta ao terrorismo e os riscos que enfrenta o flanco sul, uma preocupação anteriormente expressa pelo ministro da Defesa português, Azeredo Lopes. Mas a NATO parece ter dificuldades em dar uma resposta concreta a este problema real, ao contrário do que sucede com a Rússia, que está no campo das hipóteses.

E o secretário-geral da NATO remeteu uma resposta para a cimeira de Varsóvia.

* A NATO vai declarar guerra ao facebook e ao wikileaks, tudo no ciberespaço.

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