HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Ciberespaço passa a ser zona de guerra
O
ciberespaço vai passar a ser uma zona de guerra segundo adiantou, em
Bruxelas, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no
quartel-general da Aliança Atlântica.
As
declarações foram proferidas esta terça-feira, durante uma conferência
de imprensa, após a reunião de ministros da Defesa, onde participou o
governante português Azeredo Lopes, como preparação para a cimeira de
Varsóvia, agendada para julho.
.
.
Até
agora o domínio das operações militares envolvia terra, mar e ar, mas
agora inclui também as ações militares para defesa de ciberataques. Jens
Stoltenberg frisou que um ciberataque pode vir a ser razão suficiente
para um estado-membro invocar o artigo V para acionar a defesa coletiva
da Aliança Atlântica. No entanto, o secretário-geral explicou que não se
trata de qualquer ciberataque em termos absolutos, até porque
identificar a origem de um ciberataque "raramente é fácil".
Na
prática, este reconhecimento da importância do ciberespaço como área de
operações e defesa deverá levar os estados-membros a reforçarem as suas
defesas neste setor, até porque se não o fizerem dificilmente poderão
identificar a origem.
As extremas
preocupações com a Rússia expressas por vários jornalistas de leste
presentes na conferência de imprensa levaram, no entanto, Jens
Stoltenberg a adiantar que "não há qualquer risco iminente de um ataque
externo a um país da NATO". E considerou que os quatro batalhões a
enviar para o leste são o suficiente para garantir a dissuasão, isto
como resposta a um jornalista de leste que questionou se aquela força
seria a suficiente.
Mais complexa
parece revelar-se a necessária resposta ao terrorismo e os riscos que
enfrenta o flanco sul, uma preocupação anteriormente expressa pelo
ministro da Defesa português, Azeredo Lopes. Mas a NATO parece ter
dificuldades em dar uma resposta concreta a este problema real, ao
contrário do que sucede com a Rússia, que está no campo das hipóteses.
E o secretário-geral da NATO remeteu uma resposta para a cimeira de Varsóvia.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário