14/06/2016

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HOJE NO  
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS" 
Rui Maria Pêgo 
assume homossexualidade 
em desabafo sobre massacre de Orlando

O texto publicado pelo radialista no Facebook está a tornar-se viral nas redes sociais

Rui Maria Pêgo publicou na sua página no Facebook um desabafo no qual aborda o massacre que vitimou 50 pessoas numa discoteca gay, este fim de semana em Orlando, nos EUA, num texto que se está a tornar viral nas redes sociais, tendo sido já partilhado por mais de três mil cibernautas.
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O jovem radialista, filho de Júlia Pinheiro e Rui Pêgo, mostra a sua solidariedade com as vítimas do tiroteio e apela ao respeito e ao fim dos crimes de ódio, assumindo também a sua homossexualidade no mesmo texto.
"Morreram 50 pessoas em Orlando - terra da Disney - que ousaram ser quem são dentro de um local que imaginavam seguro. No fundo, respiravam. Lá na vida deles. Ligeiramente entrincheirados numa discoteca lá "deles". Para sempre "meio entrincheirados". Porque é sempre assim, não é? Morreram "aqueles". Aqueles sírios. Aqueles turcos. Aquelas nigerianas raptadas e violadas pelo Boko Haram. Aqueles paneleiros que quiseram abanar-se ao som de Ariana Grande. Não digo paneleiros para chocar. Digo-o porque as palavras têm vida; memória. Digo-o porque esses paneleiros são iguais a ti que estás a ler isto. E são completamente iguais a mim; são pessoas", escreveu o autor de "Filho da Mãe", do Canal Q.

Rui Maria Pêgo continua: "O meu trabalho é público. Seja na televisão, ou na rádio, mas gosto de pensar que existe para promover discussão. É por isso que escolho ter o desplante de falar disto às quase 60 mil pessoas que seguem esta página. Coincide gostar de homens. Mas gosto mais de que toda a gente possa ser o que quiser, onde quiser, de que forma quiser, sem esperar um balázio na testa. 
Não me parece pedir muito. E eles não pediram muito. Quiseram só estar à vontade. Não quero pôr um # a trendar. Quero só que penses como, ao fomentar o ódio, vamos todos parar ao mesmo forno. É só uma questão de tempo. Não rezes por Orlando. Trata só os outros com o respeito que gostarias que tivessem por ti", remata o apresentador.

* Um texto natural escrito por quem se ofende com a homofobia, não é um acto  de coragem, é clareza de espírito, os pensionistas estão solidários. 
Rui Pêgo não assume homossexualidade como confronto de minoria, ele tem nome, cidadania e os números de controlo a que o Estado obriga, isso lhe basta.

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