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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
ANAC volta a avaliar se Humberto
Pedrosa manda no consórcio
que ganhou privatização da TAP
Na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, Luís Silva
Ribeiro explicou que a ANAC está ainda a analisar o cumprimento do
regulamento comunitário pelo negócio fechado pelo Governo de Passos
Coelho e não o acordo celebrado, em maio, pelo Governo de António Costa,
que reduziu a participação privada para 45% (no máximo 50% se
trabalhadores não comprarem os 5% que lhes está reservado), em vez dos
61% vendidos em Novembro de 2015.
"O que está a ser analisado é a operação de 25 de Novembro e que
agora foi objecto de uma nova notificação. Está a analisar esta, porque é
a única que existe", explicou o presidente da ANAC.
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Luís Ribeiro explicou que "até ser substituída por uma nova estrutura
accionista é esta a estrutura que existe e que tem de respeitar as
normas do regulamento [europeu], isto é, se o capital é detido por um
nacional de um Estado-membro, quem detém o controlo efectivo da empresa e
a capacidade financeira da empresa para honrar os seus compromissos".
"Ainda não existe concretizado um novo processo. Quando existir terá
que nos ser notificado e o nosso processo será o mesmo", acrescentou.
Em Fevereiro, a ANAC considerou que não existia "evidência inequívoca
da existência de controlo efetivo das transportadoras aéreas por parte
de um nacional de um Estado-Membro", isto é, de que era Humberto Pedrosa
que liderava o consórcio comprador, o que levou à imposição de medidas
cautelares.
Na sequência das dúvidas levantadas, a 01 de Junho, a TAP notificou o
regulador da aviação de "alterações substanciais da operação feita
pelas transportadoras (TAP e PGA, agora TAP Express)", adiantou Luís
Ribeiro, que está a ser ouvido no Parlamento, por requerimento do Bloco
de Esquerda (BE).
"Esta notificação é uma alteração substancial, o que leva a reiniciar
a apreciação da operação por um prazo de três meses", explicou,
adiantando que neste momento ainda desconhece se responde às questões
levantadas pelo supervisor em Fevereiro.
"Ainda não sei se responde às questões que levantámos em Fevereiro.
Há uma série de elementos que requerem uma análise cuidada",
acrescentou.
Questionado sobre o deputado do BE Heitor de Sousa sobre a legalidade
da privatização, Luís Ribeiro disse que "a ANAC não avalia a legalidade
da operação de privatização, mas aprecia a estrutura que resulta dessa
operação", se respeita a regulamentação europeia que impede que não
comunitários detenham a maioria do capital de uma companhia aérea.
* Já demos para o peditório das histórias da carochinha.
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