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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Parlamento censura BCE por ocultar
. informação sobre BES e Banif
O voto de protesto, apresentado pelo PCP na
Assembleia da República contra a ocultação de informações essenciais no
âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao BES e Banif, foi aprovado
por unanimidade.
.
A Assembleia da República
exprimiu hoje, por unanimidade, o seu protesto pela ocultação por parte
do Banco Central Europeu de informações essenciais para o parlamento
exercer as suas competências soberanas relativas à avaliação dos
mecanismos de supervisão bancária.
"[A Assembleia da República] exprime o seu protesto pelo comportamento do Banco Central Europeu de recusar a informação necessária ao esclarecimento das decisões tomadas no âmbito do BES e do Banif e, nomeadamente, de ocultar à Assembleia da República informações essenciais para o exercício das suas competências soberanas relativas à avaliação dos mecanismos de supervisão bancária", lê-se no ponto número 1 do voto de protesto apresentado pelo PCP e que mereceu o voto favorável de todas as bancadas parlamentares.
No ponto número dois do texto, que também foi aprovado apesar do voto contra do PSD, o parlamento exprime ainda "a sua preocupação relativamente ao potencial conflito de interesses existente entre a supervisão e a política monetária".
Nesse ponto, a Assembleia da República considera também "necessário garantir o controlo democrático, pelos Estados e os seus órgãos de soberania, das autoridades de supervisão bancária".
No voto recorda-se que está a decorrer uma comissão parlamentar de inquérito ao processo que conduziu à resolução e venda do Banco Internacional do Funchal (Banif) e que, nos termos constitucionais, estas comissões "dispõem dos poderes de investigação das autoridades judiciais".
Porém, é referido, a comissão parlamentar de inquérito ao Banif tem vindo a deparar-se com a atitude do Banco Central Europeu (BCE) de recusar o acesso a elementos sobre o sistema financeiro português, bem como sobre a actuação dos supervisores.
"É sabido que a centralização dos mecanismos de supervisão e de
resolução, gerada pela consolidação e avanço da União Bancária,
corresponde a um afastamento da capacidade de decisão das autoridades
nacionais e à sua concentração em instituições imunes a qualquer
escrutínio por parte dos cidadãos, mas nada justifica que a informação
relativa a processos que implicam avultados recursos do Estado português
seja negada às Comissões de Inquérito Parlamentar, privando um órgão de
soberania da República do exercício dos seus poderes constitucionais",
lê-se ainda no voto.
O texto lembra também que, quando questionado por deputados ao Parlamento Europeu relativamente a decisões tomadas no âmbito das resoluções do BES e do Banif, "o BCE recusou-se igualmente a prestar os esclarecimentos e a facultar as informações que lhe foram solicitadas".
Esta semana, uma carta que o vice-presidente do BCE escreveu ao parlamento já tinha gerado polémica. Na missiva, Vítor Constância explica a rejeição em participar na comissão de inquérito à resolução do Banif, justificando que iria contra as regras de funcionamento da União Europeia.
No período regimental de votações, foi ainda aprovado, com os votos contra do PSD, o ponto numero dois de outro voto apresentado pelo PCP, relativo à "rejeição da denominada Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP).
"[A Assembleia da República] considera indispensável a divulgação do conteúdo, da natureza e dos objectivos do TTIP e requer ao Governo a informação sobre a sua posição no andamento das respectivas negociações", nesse no ponto aprovado pela maioria dos deputados.
* Valeu!
O texto lembra também que, quando questionado por deputados ao Parlamento Europeu relativamente a decisões tomadas no âmbito das resoluções do BES e do Banif, "o BCE recusou-se igualmente a prestar os esclarecimentos e a facultar as informações que lhe foram solicitadas".
Esta semana, uma carta que o vice-presidente do BCE escreveu ao parlamento já tinha gerado polémica. Na missiva, Vítor Constância explica a rejeição em participar na comissão de inquérito à resolução do Banif, justificando que iria contra as regras de funcionamento da União Europeia.
No período regimental de votações, foi ainda aprovado, com os votos contra do PSD, o ponto numero dois de outro voto apresentado pelo PCP, relativo à "rejeição da denominada Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP).
"[A Assembleia da República] considera indispensável a divulgação do conteúdo, da natureza e dos objectivos do TTIP e requer ao Governo a informação sobre a sua posição no andamento das respectivas negociações", nesse no ponto aprovado pela maioria dos deputados.
* Valeu!
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