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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Associação quer estudantes
a doar espermatozoides
A
Associação Portuguesa de Fertilidade vai lançar uma campanha para doação
de óvulos e espermatozoides junto das universidades e associação de
estudantes, por considerar que aqui existe "um elevado número de pessoas
com potencial para se tornarem dadores".
A
campanha, que começará brevemente, consistirá na afixação de cartazes e
na distribuição de folhetos explicativos do processo, contando-se
atualmente 104 faculdades e institutos politécnicos que já aceitaram
divulgar a campanha juntos dos seus alunos.
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Para
Cláudia Vieira, presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade, "há
muitos casais que precisam da doação de gâmetas (óvulos e/ou
espermatozoides) para conseguirem concretizar o sonho de serem pais".
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"Estes casais apenas podem contar com o altruísmo de outras pessoas, que aceitam doar os seus gâmetas", disse.
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"É
um primeiro passo para abordar esta questão, que ainda levanta tantas
dúvidas à sociedade em geral. O que queremos é que as pessoas percebam
que este é um gesto altruísta, que ajudará um casal a concretizar o
sonho de uma vida", acrescentou.
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A
falta de dadores é um problema há muito reconhecido pela Associação
Portuguesa de Fertilidade. Em janeiro, a agência Lusa noticiou que o
único banco público de gâmetas em Portugal não dispunha de sémen de
dadores de raça negra.
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Os gâmetas deste
banco são angariados através de dadores, que para tal recebem a
compensação financeira definida por lei, e utilizados em casais que são
seguidos no centro de Procriação Medicamente Assistida (PMA) do Centro
Hospitalar do Porto.
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No entanto, o
banco foi criado com o objetivo dos gâmetas armazenados serem
disponibilizados, não só para os utentes desta unidade de saúde, mas sim
para todas as instituições públicas que o solicitassem, o que ainda não
acontece.
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Desde o seu início, o banco
tem-se deparado com dificuldades na obtenção de dadores, sendo que estes
têm de obedecer a um conjunto de critérios, além do seu material
genético necessitar de um tempo de "quarentena" antes de ser
disponibilizado.
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Até janeiro deste ano
não tinha sido recolhida, armazenada ou disponibilizada qualquer amostra
de dadores de raça negra, conforme explicou à agência Lusa a
responsável do banco, Isabel Sousa Pereira.
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Por
esta razão, sempre que o banco foi procurado por casais de raça negra -
ainda assim poucos casos - não pode responder positivamente à
solicitação, adiantou.
* Alguma coisa tem de mudar nos procedimentos técnicos da APF a ideia de recorrer a estudantes universitários é excelente.
* Alguma coisa tem de mudar nos procedimentos técnicos da APF a ideia de recorrer a estudantes universitários é excelente.
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