HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Está aí a governação sombra
35 medidas para as empresas
e mais 30 para a educação
Estratégia
mudou e ao contrário do Orçamento, bancada "laranja" vai apresentar
conjunto de medidas por cada área temática para combater "powerpoint" de
Costa
É uma mudança total de
estratégia face ao Orçamento do Estado: o PSD apresentou hoje no
Parlamento 35 medidas para dinamizar as empresas e mais de 30 na área da
educação e da qualificação. O líder parlamentar, Luís Montenegro,
antecipou que o PSD vai agir assim nas também nas quatro áreas temáticas
que se seguem no debate para o Programa Nacional de Reformas.
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Luís
Montenegro diz que esta é a forma do PSD avançar para uma necessária
"segunda geração de reformas estruturais", de forma a responder aquilo
que até agora o primeiro-ministro António Costa apresentou: "Um powerpoint que é um conjunto de enunciados muito vagos, de generalidades".
A
bancada do PSD materializa assim o que Passos Coelho prometeu no
congresso: uma "oposição construtiva". Ainda assim, as propostas seguem
em forma de recomendação ao governo, já que, explica Montenegro, "é ao
governo que compete governar."
Montenegro
não assume, no entanto, falhas pela estratégia seguida até aqui, já que
o "Orçamento não tinha emenda possível" e que o PSD não se demitiu de
fazer intervenções durante o debate na especialidade e na generalidade.
Propostas para melhorar qualificação
Na
área da qualificação as propostas são 30 e incluem medidas como
"estabelecer um calendário concreto do ano de implementação da
universalidade [pré-escolar] aos 3 anos", já a aplicar no próximo ano
letivo. O PSD propõe ainda um sistema de incentivos às autarquias "com
taxas mais baixas de cobertura do pré-escolar" para que aumentem a
oferta e garantam a cobertura total.
O
PSD quer também um reforço da "autonomia das escolas na definição dos
instrumentos e dos planos de redução do insucesso e abandono escolares" e
que o governo garanta o "aprofundamento do projeto-piloto da
descentralização por delegação de competências na área da educação".
Os
sociais-democratas pedem ao governo que não deixe cair a aposta no
ensino vocacional, nem o objetivo de reduzir o número de turmas no
primeiro ciclo por via das turmas mistas (alunos a frequentarem
diferentes anos de escolaridade).
A
bancada social-democrata - partido que no governo viveu a grave crise de
colocação de professores, que quase custou o cargo a Nuno Crato e fez
com que alunos estivessem meses sem aulas - quer que o executivo
"antecipe o planeamento das necessidades das escolas, de forma a
garantir a colocação dos docentes (...) a tempo de poderem preparar cada
ano letivo".
Num rol de diversas
medidas, há ainda a ideia de introduzir nas escolas "conteúdos em
suporte digital, substituindo progressivamente os manuais escolares em
suporte de papel". A bancada do PSD exige ainda um "combate à
discriminação salarial em função do sexo ou de outras formas de
discriminação".
35 propostas para as empresas
Na
área das empresas, o PSD apresenta várias propostas no sentido de
melhorar a saúde financeira e a competitividade. Desde logo, para
reforçar os capitais próprios das empresas, a bancada social-democrata
propõe que haja incentivos para as empresas trocarem a "dívida por
capitais próprios".
O PSD propõe ainda,
num incentivo à poupança e ao investimento das famílias, "avaliar a
possibilidade de reduzir a tributação sobre as mais-valias, limitando-a
eventualmente apenas ao momento em que sejam desmobilizadas por outro
fim que não o reinvestimento", bem como "reduzir em sede de IRS a
tributação dos dividendos e das mais-valias para os escalões mais baixos
de rendimento".
Na perspetiva de
diversificar as fontes de financiamento das empresas, o PSD quer também
uma aposta no "desenvolvimento de promoção da emissão conjunta de
obrigações por parte de grupos/carteiras de pequenas e médias empresas".
* Ao contrário do título da notícia a pseudo governação tangerina não vai ser sombra mas sim sombria e bisonha, fracturante e insidiosa, os gomos azedos do costume.
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