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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Bial confirma que teste clínico deixou
uma pessoa em morte cerebral
A farmacêutica portuguesa Bial garante
que está a acompanhar de perto todos os doentes que participam no ensaio
clínico ao fármaco experimental e adianta que já tinham participado neste ensaio com uma nova molécula 108 voluntários, sem haver notificação de qualquer reação adversa moderada ou grave.
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A autoridade que regula o setor do medicamento em Portugal (Infarmed) adiantou já que o fármaco experimental "não está a ser utilizado em nenhum ensaio clínico em Portugal".
Em
causa está um ensaio de medicamentos analgésicos conduzido por um
laboratório privado para a farmacêutica portuguesa Bial. Segundo o
Infarmed, que cita a agência francesa do medicamento, estão internadas
seis pessoas, mas, segundo a Bial, são cinco.
Em comunicado, a
Bial afirma-se "fortemente empenhada em assegurar o bem-estar de todos
os participantes neste ensaio, bem como em apurar de forma rigorosa e
exaustiva as causas que estarão na origem desta situação".
"Temos
no local vários colaboradores para acompanharem a situação junto do
centro de investigação e junto do hospital", indica a nota.
A
empresa portuguesa refere que o ensaio clínico estava a decorrer numa
unidade de ensaios clínicos de Fase 1, em França, desde junho de 2015,
com um composto experimental da Bial.
Os doentes que apresentaram sintomas graves estão sob observação no Hospital Universitário de Rennes, "em vigilância permanente". Um dos voluntários internados está no serviço de reanimação em estado de morte cerebral.
"O
desenvolvimento desta nova molécula, na área da dor, segue, desde o
início, todas as práticas internacionais, com a realização de testes e
ensaios pré-clínicos, nomeadamente na área da toxicologia. Os resultados
obtidos de acordo com as 'guidelines' internacionais permitiram o
início dos ensaios clínicos em pessoas. Já tinham participado neste
ensaio com a nova molécula 108 voluntários saudáveis, sem notificação de
qualquer reação adversa moderada ou grave", afirma o laboratório.
A
Bial vinca ainda que o ensaio foi aprovado pelas autoridades francesas,
bem como pela comissão de ética em França, e está de acordo com a
legislação que enquadra os ensaios clínicos.
O ministro da Saúde
português disse, entretanto, estar a acompanhar "com preocupação" o
caso, mas manifestou confiança na empresa Bial.
* É à BIAL que primeiro interessa o esclarecimento da situação, tem crédito no mundo da farmacêutica e há pouco tempo viu um produto seu ser aprovado pala FDA americana, apesar do exagerado proteccionismo à indústria daquele país.
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