HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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As 10 sessões que trouxeram
os "ursos" de volta à China
O ano ainda
agora arrancou, mas a bolsa chinesa acumula já perdas expressivas. Em
apenas 10 sessões, as primeiras de 2016, entrou em "mercado urso",
depois de dias marcados por grande agitação a Oriente que está a deixar
nervosos os investidores em todo o mundo.
Apenas
10 sessões do novo ano bastaram para as acções da China voltarem a
entrar em "mercado urso". As fortes quedas registadas nas primeiras duas
semanas de 2016 não deram tréguas aos investidores, tendo ficado
marcadas, entre outros factores, por desvalorizações do yuan e fracos
sinais da segunda maior economia do mundo. Conheça os acontecimentos que
marcaram as últimas duas semanas de negociação.
4 de Janeiro - Acções chinesas suspensas no primeiro dia do ano
2016 mal tinha começado e os investidores foram logo postos em sentido. O Banco Popular da China (PBOC, na sigla anglo-saxónica) desvalorizou o yuan face ao dólar
para o nível mais baixo em quatro anos e meio. Cada dólar comprava
então 6,5032 yuans. Uma decisão que espoletou uma onda de receios entre
os investidores, com o foco a estar novamente numa possível travagem
brusca da economia chinesa. Isso mesmo reflectiu a bolsa de Xangai, cuja negociação foi interrompida, devido às fortes quedas. Retomou a negociação e, pouco depois, seria suspenso até ao fim da sessão. Perdia então 6,86%.
5 de Janeiro – Intervenção estatal estanca a hemorragia das bolsas
A
segunda sessão do ano começava com a anterior terminara: as bolsas
afundavam. O índice Shanghai Composite perdia 3,02% ao início da sessão,
um valor do qual conseguiu inverter para "terreno" positivo. A bolsa
chinesa chegou mesmo a valorizar um máximo de 0,97%, tudo graças à intervenção do Estado chinês, que utilizou fundos públicos para comprar acções
e, assim, impedir as fortes quedas registadas no dia anterior. Ainda
assim, o índice de Xangai fechou a sessão dessa terça-feira a perder
0,26%.
6 de Janeiro – Bolsas sobem ao terceiro dia, mas moeda ficou mais fraca
A
instituição monetária da China voltou a rever em baixa a taxa de câmbio
do yuan. Desvalorizou a moeda em 0,6%, colocando-a no valor mais baixo
em cinco anos. Cada dólar comprava então 6,6964 yuans. Mas a perspectiva
dos investidores foi, desta feita, positiva. O PBOC estaria a admitir a
fragilidade da segunda maior economia do mundo, mas permitia a
desvalorização do yuan para impulsionar a recuperação. As bolsas
reagiram, por isso, em alta, com o Shanghai Composite a subir 2,25% na
sessão. Na terceira sessão do ano, as acções chinesas regressavam,
assim, aos ganhos.
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7 de Janeiro – Negociação volta a ser suspensa
O
optimismo foi de pouca duração. A quarta sessão do ano voltou a trazer
dissabores aos investidores, com as acções chinesas a abrirem a sessão a
cair 1,55%. Mas o cenário escureceu, com os títulos do Shanghai
Composite a afundarem mais de 7% em apenas 29 minutos. Resultado? Voltou
a ser desencadeado o mecanismo de suspensão automática da negociação,
numa altura em que o principal índice accionista da China perdia 7,04%. A piorar estiveram os dados das reservas de moeda estrangeira do PBOC.
É que recuaram muito mais do que o previsto em Dezembro, indicando uma
forte intervenção do banco central no período, de modo a impulsionar o
mercado.
8 de Janeiro – Após a tempestade, bolsas encerram a semana na bonança
As fortes quedas das acções chinesas a 7 de Janeiro levaram o regulador dos mercados do país a pôr fim ao mecanismo que interrompe automaticamente a negociação,
quando as quedas superam os 7%. Este estava a ser encarado pelos
investidores como um elemento negativo, que aumentava a pressão no
mercado. Uma decisão em relação à qual as bolsas da China reagiram
positivamente. O índice Shanghai Composite regressou aos ganhos,
valorizando um máximo de 3,53%. Encerrou a última sessão da semana a
recuperar 1,97%, mas não evitou a forte queda na primeira semana do ano:
9,97%
11 de Janeiro – Fortes quedas no arranque de mais uma semana
Os
investidores foram de fim-de-semana mais tranquilos, com os ganhos das
acções chinesas na sexta-feira, 8 de Janeiro. Mas o período de descanso
trouxe dissabores, com os preços na produção a caírem 5,9% em Dezembro.
Esse foi o 46º mês consecutivo em queda. Se prognósticos só no fim do
jogo, o certo é que nos mercados "compra-se o rumor e vende-se o facto".
E foi por isso que os dados deram aos investidores uma primeira sessão
da semana negativa. As acções da China registaram fortes quedas, com o
índice Shanghai Composite a perder um máximo de 5,33%. Um valor que
correspondente exactamente ao fecho da sessão.
12 de Janeiro – China defende o yuan e acções estabilizam
Após várias tentativas de limitar as quedas do yuan no mercado interno ("onshore"), a China decidiu intervir no mercado "offshore".
Segundo a Bloomberg, O Banco Popular da China terá realizado várias
compras de yuans, de modo a reduzir as apostas na rápida depreciação do
yuan e a minimizar a lacuna que existe entre as duas taxas de câmbio.
Uma intervenção da instituição monetária que pouco impacto teve nos
mercados. O índice Shanghai Composite abriu a sessão a ganhar 0,31%,
tendo chegando a valorizar e a recuar mais de 1%. Contudo, encerrou a
terça-feira praticamente como a iniciou: a subir 0,20%.
13 de Janeiro – A inexplicável queda das bolsas
Vários factores penalizaram as bolsas chinesas nas primeiras sessões do ano, mas nenhum deles se verificou na quarta-feira. Foram conhecidos os dados da balança comercial,
que revelaram um aumento do excedente em Dezembro. De facto, as
importações recuaram e as exportações aumentaram nesse período, um sinal
positivo vindo da economia. Também positiva foi a evolução da moeda no
mercado "offshore". Apesar de o yuan ter recuado 0,06% no mercado
interno, a moeda chinesa subiu 0,13% no exterior. Ainda assim, o índice
de Xangai caiu 2,42%, numa sessão em que chegou a ganhar 1,20%.
14 de Janeiro – Volatilidade marca a penúltima sessão da semana
Após
a desvalorização da sessão anterior, as bolsas chinesas voltaram aos
ganhos na quinta-feira. O índice Shanghai Composite encerrou a subir
1,97%. Mas a sessão foi marcada pela volatilidade, já que este mercado
accionista chinês chegou a cair um máximo de 2,78% e a subir 2,13%. E a
impulsionar este desempenho esteve mesmo a evolução do yuan. Isto porque
a moeda valorizou 0,22% no mercado "onshore", que é controlado pelo
Banco Popular da China. Mas também ganhou no mercado "offshore", onde
subiu 0,53%.
15 de Janeiro – Bolsas chinesas voltam oficialmente a ser dos "ursos"
As
acções da China concluíram, esta sexta-feira, um verdadeiro sobe e
desce. O Shanghai Composite voltou a cair na última sessão da semana,
desta feita 3,55%. E o principal índice bolsista do país chegou a perder
um máximo de 4,12%. Com este desempenho, a bolsa de Xangai acumula uma queda de 20,56%,
desde o máximo (no fecho) registado a 22 de Dezembro. Ou seja, o
mercado accionista chinês, pela segunda vez em menos de um ano, entrou
no designado "mercado urso" (queda acumulada superior a 20%). Isto numa
altura em que, segundo a Bloomberg, os bancos deixaram de aceitar acções
de pequenas e médias cotadas como colaterais de empréstimos, devido às
acentuadas desvalorizações.
* Não somos experts em economia e finanças e sobretudo gostamos do bom senso.
O capitalismo monopolista de estado chinês, de medonha voracidade, não poderia trazer nada de bom à economia de mercado, o dirigente político chinês é tacanho, o horizonte é a praça do massacre ou um qualquer lupanar das ruas não muito distantes da cidade proíbida.
Para o dirigente chinês a economia não se estuda ou investiga, faz-se por tráfico de influência e como os dirigentes ocidentais só querem alvíssaras, "abrem as pernas" a troco de pouco.
O dirigente chinês não é inteligente, é esperto, foi a esperteza que o levou a cargos cimeiros, mas esperteza sai cara, com a conivência do ocidente.
Para o dirigente chinês a economia não se estuda ou investiga, faz-se por tráfico de influência e como os dirigentes ocidentais só querem alvíssaras, "abrem as pernas" a troco de pouco.
O dirigente chinês não é inteligente, é esperto, foi a esperteza que o levou a cargos cimeiros, mas esperteza sai cara, com a conivência do ocidente.
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