15/01/2016

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HOJE NO   
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
As 10 sessões que trouxeram 
os "ursos" de volta à China

O ano ainda agora arrancou, mas a bolsa chinesa acumula já perdas expressivas. Em apenas 10 sessões, as primeiras de 2016, entrou em "mercado urso", depois de dias marcados por grande agitação a Oriente que está a deixar nervosos os investidores em todo o mundo.

Apenas 10 sessões do novo ano bastaram para as acções da China voltarem a entrar em "mercado urso". As fortes quedas registadas nas primeiras duas semanas de 2016 não deram tréguas aos investidores, tendo ficado marcadas, entre outros factores, por desvalorizações do yuan e fracos sinais da segunda maior economia do mundo. Conheça os acontecimentos que marcaram as últimas duas semanas de negociação.

4 de Janeiro - Acções chinesas suspensas no primeiro dia do ano
2016 mal tinha começado e os investidores foram logo postos em sentido. O Banco Popular da China (PBOC, na sigla anglo-saxónica) desvalorizou o yuan face ao dólar para o nível mais baixo em quatro anos e meio. Cada dólar comprava então 6,5032 yuans. Uma decisão que espoletou uma onda de receios entre os investidores, com o foco a estar novamente numa possível travagem brusca da economia chinesa. Isso mesmo reflectiu a bolsa de Xangai, cuja negociação foi interrompida, devido às fortes quedas. Retomou a negociação e, pouco depois, seria suspenso até ao fim da sessão. Perdia então 6,86%.

5 de Janeiro – Intervenção estatal estanca a hemorragia das bolsas 
A segunda sessão do ano começava com a anterior terminara: as bolsas afundavam. O índice Shanghai Composite perdia 3,02% ao início da sessão, um valor do qual conseguiu inverter para "terreno" positivo. A bolsa chinesa chegou mesmo a valorizar um máximo de 0,97%, tudo graças à intervenção do Estado chinês, que utilizou fundos públicos para comprar acções e, assim, impedir as fortes quedas registadas no dia anterior. Ainda assim, o índice de Xangai fechou a sessão dessa terça-feira a perder 0,26%.

6 de Janeiro – Bolsas sobem ao terceiro dia, mas moeda ficou mais fraca 
A instituição monetária da China voltou a rever em baixa a taxa de câmbio do yuan. Desvalorizou a moeda em 0,6%, colocando-a no valor mais baixo em cinco anos. Cada dólar comprava então 6,6964 yuans. Mas a perspectiva dos investidores foi, desta feita, positiva. O PBOC estaria a admitir a fragilidade da segunda maior economia do mundo, mas permitia a desvalorização do yuan para impulsionar a recuperação. As bolsas reagiram, por isso, em alta, com o Shanghai Composite a subir 2,25% na sessão. Na terceira sessão do ano, as acções chinesas regressavam, assim, aos ganhos.
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7 de Janeiro – Negociação volta a ser suspensa 
O optimismo foi de pouca duração. A quarta sessão do ano voltou a trazer dissabores aos investidores, com as acções chinesas a abrirem a sessão a cair 1,55%. Mas o cenário escureceu, com os títulos do Shanghai Composite a afundarem mais de 7% em apenas 29 minutos. Resultado? Voltou a ser desencadeado o mecanismo de suspensão automática da negociação, numa altura em que o principal índice accionista da China perdia 7,04%. A piorar estiveram os dados das reservas de moeda estrangeira do PBOC. É que recuaram muito mais do que o previsto em Dezembro, indicando uma forte intervenção do banco central no período, de modo a impulsionar o mercado.

8 de Janeiro – Após a tempestade, bolsas encerram a semana na bonança 
As fortes quedas das acções chinesas a 7 de Janeiro levaram o regulador dos mercados do país a pôr fim ao mecanismo que interrompe automaticamente a negociação, quando as quedas superam os 7%. Este estava a ser encarado pelos investidores como um elemento negativo, que aumentava a pressão no mercado. Uma decisão em relação à qual as bolsas da China reagiram positivamente. O índice Shanghai Composite regressou aos ganhos, valorizando um máximo de 3,53%. Encerrou a última sessão da semana a recuperar 1,97%, mas não evitou a forte queda na primeira semana do ano: 9,97%

11 de Janeiro – Fortes quedas no arranque de mais uma semana 
Os investidores foram de fim-de-semana mais tranquilos, com os ganhos das acções chinesas na sexta-feira, 8 de Janeiro. Mas o período de descanso trouxe dissabores, com os preços na produção a caírem 5,9% em Dezembro. Esse foi o 46º mês consecutivo em queda. Se prognósticos só no fim do jogo, o certo é que nos mercados "compra-se o rumor e vende-se o facto". E foi por isso que os dados deram aos investidores uma primeira sessão da semana negativa. As acções da China registaram fortes quedas, com o índice Shanghai Composite a perder um máximo de 5,33%. Um valor que correspondente exactamente ao fecho da sessão.

12 de Janeiro – China defende o yuan e acções estabilizam 
Após várias tentativas de limitar as quedas do yuan no mercado interno ("onshore"), a China decidiu intervir no mercado "offshore". Segundo a Bloomberg, O Banco Popular da China terá realizado várias compras de yuans, de modo a reduzir as apostas na rápida depreciação do yuan e a minimizar a lacuna que existe entre as duas taxas de câmbio. Uma intervenção da instituição monetária que pouco impacto teve nos mercados. O índice Shanghai Composite abriu a sessão a ganhar 0,31%, tendo chegando a valorizar e a recuar mais de 1%. Contudo, encerrou a terça-feira praticamente como a iniciou: a subir 0,20%.

13 de Janeiro – A inexplicável queda das bolsas
 Vários factores penalizaram as bolsas chinesas nas primeiras sessões do ano, mas nenhum deles se verificou na quarta-feira. Foram conhecidos os dados da balança comercial, que revelaram um aumento do excedente em Dezembro. De facto, as importações recuaram e as exportações aumentaram nesse período, um sinal positivo vindo da economia. Também positiva foi a evolução da moeda no mercado "offshore". Apesar de o yuan ter recuado 0,06% no mercado interno, a moeda chinesa subiu 0,13% no exterior. Ainda assim, o índice de Xangai caiu 2,42%, numa sessão em que chegou a ganhar 1,20%.

14 de Janeiro – Volatilidade marca a penúltima sessão da semana 
Após a desvalorização da sessão anterior, as bolsas chinesas voltaram aos ganhos na quinta-feira. O índice Shanghai Composite encerrou a subir 1,97%. Mas a sessão foi marcada pela volatilidade, já que este mercado accionista chinês chegou a cair um máximo de 2,78% e a subir 2,13%. E a impulsionar este desempenho esteve mesmo a evolução do yuan. Isto porque a moeda valorizou 0,22% no mercado "onshore", que é controlado pelo Banco Popular da China. Mas também ganhou no mercado "offshore", onde subiu 0,53%.

15 de Janeiro – Bolsas chinesas voltam oficialmente a ser dos "ursos" 
As acções da China concluíram, esta sexta-feira, um verdadeiro sobe e desce. O Shanghai Composite voltou a cair na última sessão da semana, desta feita 3,55%. E o principal índice bolsista do país chegou a perder um máximo de 4,12%. Com este desempenho, a bolsa de Xangai acumula uma queda de 20,56%, desde o máximo (no fecho) registado a 22 de Dezembro. Ou seja, o mercado accionista chinês, pela segunda vez em menos de um ano, entrou no designado "mercado urso" (queda acumulada superior a 20%). Isto numa altura em que, segundo a Bloomberg, os bancos deixaram de aceitar acções de pequenas e médias cotadas como colaterais de empréstimos, devido às acentuadas desvalorizações.

* Não somos experts em economia e finanças e sobretudo gostamos do bom senso. 
O capitalismo monopolista de estado chinês, de medonha voracidade, não poderia trazer nada de bom à economia de mercado, o dirigente político chinês é tacanho, o horizonte é a praça do massacre ou um qualquer lupanar das ruas não muito distantes da cidade proíbida. 
Para o dirigente chinês a economia não se estuda ou investiga, faz-se por tráfico de influência e como os dirigentes ocidentais só querem alvíssaras, "abrem as pernas" a troco de pouco. 
O dirigente chinês não é inteligente, é esperto, foi a esperteza que o levou a cargos cimeiros, mas esperteza sai cara, com a conivência do ocidente.

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