19/01/2016

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HOJE NO

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Anúncios.
Guerra aberta nos produtos com cálcio

As ilegalidades não se limitam apenas ao uso ilegal de crianças nos anúncios sem que o produto em causa lhes seja dirigido. A polémica em torno dos anúncios de produtos com cálcio é outro desses exemplos.
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A Ordem dos Farmacêuticos (OF) interpôs, no passado dia 18 de dezembro, uma providência cautelar para travar os anúncios publicitários do suplemento alimentar “Calcitrin MD Rapid” em todos os órgãos de comunicação social, alegando que lesam o direito dos cidadãos à saúde. Mas a verdade é que a publicidade continua a passar nas televisões portuguesas. “O que aconteceu depois disso?

Houve não só um reforço dos anúncios, que passam mais vezes na televisão em horários que apanham as pessoas mais vulneráveis, como também foram buscar figuras públicas como Simone de Oliveira para dar a cara por essa marca”, salienta ao i Mário Frota, presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo (apDC).
 
Esta guerra entre a empresa Viva Melhor, responsável pela comercialização do produto, e a OF já chegou à Procuradoria- -Geral da República (PGR), através de uma queixa-crime entregue pelos farmacêuticos. Em causa estão as declarações prestadas pela empresa, que questionou a Ordem dos Farmacêuticos sobre a “guerra” que abriu contra o produto e lançou suspeitas sobre a intenção da estrutura corporativa em prejudicar o desempenho comercial da marca para beneficiar outras.
 
Na base das suspeitas estava o facto de a Ordem dos Farmacêuticos defender e recomendar os suplementos de cálcio, mas protagonizar uma guerra “injusta e injustificável” especificamente contra o Calcitrin, um suplemento que é líder de mercado e não é vendido nas farmácias, acrescentando ainda que esta ação “tem tanto de estranha como de suspeita razão de ser”.


* As vergonhosas escaramuças dos lobies pacificam-se em jantares de confraternização considerados de interesse nacional.

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