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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Portugal é um dos 11 países com
menor taxa de nados-mortos em 2015
Portugal está ao nível da Noruega
Portugal
é um dos 11 países, de um total de 186, com uma menor taxa de
nados-mortos em 2015, revela um estudo publicado esta semana na revista
científica britânica The Lancet.
De
acordo com o estudo, a taxa estimada para Portugal, em 2015, é de 2,2
nados-mortos por mil nascimentos, tal como a da Noruega. São
considerados nados-mortos os bebés que nasceram sem vida após 28 semanas
de gestação. Mortes antes das 28 semanas são consideradas abortos.
O
estudo salienta que, em 2015, cerca de 2,6 milhões de bebés, nos países
analisados, eram nados-mortos, uma média de 7.200 por dia.
Para
os editores da revista, Richard Horton e Udani Samarasekera, "o dado
verdadeiramente horrível" é o que mostra que no ano passado 1,3 milhões
de bebés morreram durante o parto. "A ideia de uma criança estar viva no
início do parto e morrer por razões completamente evitáveis em algumas
horas devia ser um escândalo de saúde de proporções internacionais",
afirmaram os editores num comunicado, segundo a AFP. "Mas não é".
Entre
os 11 países com taxas de nados-mortos mais baixas figuram ainda
Islândia (que lidera com 1,3 nados-mortos por mil nascimentos),
Dinamarca (1,7), Finlândia e Holanda (1,8), Croácia (2,0), Japão e
Coreia do Sul (2,1), Nova Zelândia e Polónia (2,3).
Portugal
surge à frente de países como Suécia e Suíça (2,8 nados-mortos por mil
nascimentos), Reino Unido (2,9) e Estados Unidos (3,0).
No 'top 10' dos países com taxas de
nados-mortos mais altas incluem-se Paquistão (que lidera com 43,1
nados-mortos por mil nascimentos), Nigéria (42,9), Chade (39,9), Níger
(36,7), Guiné-Bissau (36,7), Somália (35,5), Djibuti (34,6), República
Centro-Africana (34,4), Togo (34,2) e Mali (32,5).
98%
dos casos de nascimento de bebés sem vida acontecerem em países
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, mas o estudo demonstra que a
diferença entre ricos e pobres também se faz sentir em países
desenvolvidos.
Num país desenvolvido,
uma mulher pobre tem o dobro da probabilidade de dar à luz a um
nado-morto do que uma mulher rica, segundo o estudo. E mulheres de
origem africana ou do sul da Ásia, que vivam na Europa ou na Austrália,
têm duas a três vezes mais probabilidades de dar à luz a nados-mortos do
que mulheres brancas.
O mesmo estudo assinala que os três países
que conseguiram mais reduzir, em média, por ano, a taxa de
nados-mortos, entre 2000 e 2015, foram Holanda (6,8%), China (4,6%) e
Polónia (4,5%). Portugal ocupa, neste parâmetro, a décima posição
(3,5%), entre 159 países.
Para o
cálculo da taxa de redução anual de nados-mortos, os autores do trabalho
publicado na The Lancet tiveram em conta 159 países, e não os 186
iniciais, uma vez que foram excluídos os países com menos de dez mil
nascimentos por ano.
Segundo os
autores, a diminuição da taxa de nados-mortos não acompanha, porém, o
ritmo da queda da mortalidade materna e infantil.
O trabalho foi conduzido por especialistas de mais de uma centena de organizações em 43 países.
* E VIVA o Serviço Nacional de Saúde porque este sucesso é obra do sistema de saúde pública.
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