HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Empresa de Évora faz controlo de
acessos à distância através da Internet
Uma empresa de Évora
especializou-se no controlo de acessos a eventos desportivos e, através
da Internet, faz a gestão do Estádio do Dragão e tem clientes no Brasil e
em África, mas está a expandir-se para outras áreas.
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A ExclusivKey, que emprega 16 funcionários, é uma das empresas que se
instalou no novo Centro de Negócios do Núcleo Empresarial da Região de
Évora (NERE), localizado no parque industrial e tecnológico da cidade.
O diretor executivo, João Paulo Empadinhas, contou à agência Lusa que
"a empresa começou na área do controlo de acesso para eventos
desportivos" e que, atualmente, está a tornar-se "transversal",
desenvolvendo "soluções próprias" para outras áreas.
"Temos bilhética, sistema de acreditação e sistema de controlo de
visitantes para as áreas mais ´corporate` e estamos a fazer a integração
com câmaras CCTV, que permite, através de tecnologia de reconhecimento
facial, fazer o acesso de pessoas, mesmo sem haver a necessidade de
colocar um código", enumerou.
A ExclusivKey "nasceu" em 2009 e resultou da agregação de várias
empresas, cujos sócios se conheceram no Campeonato da Europa de Futebol
em Portugal, em 2004, quando elaboraram em conjunto um projeto que
abarcou sete dos 10 estádios do Euro2004.
Desde então, segundo o diretor executivo, a empresa fez "toda a parte
de controlo de acessos, bilhética, acreditação e gestão da operação dos
acessos em quatro estádios do Campeonato Africano das Nações (CAN) de
2010", em Angola, e em dois estádios do CAN de 2012, no Gabão.
"Tivemos a oportunidade do Brasil, com o Campeonato do Mundo e com a
Copa das Confederações. Fizeram-se novos estádios e eram precisas novas
soluções, que não existiam, e conseguimos fazer dois projetos grandes:
Maracanã e a Arena Fonte Nova", referiu.
João Paulo Empadinhas adiantou que a empresa trabalha com a Federação
Angolana de Futebol na área da bilhética e faz o trabalho de gestão dos
bilhetes para os jogos da seleção angolana, através de parceiros em
Angola.
"Estamos a trabalhar em Moçambique, com um parceiro, para a
organização de eventos na parte da acreditação, de convite e bilhética
e, no Brasil, continuamos a trabalhar nos estádios", além da gestão da
bilhética no Pão de Açúcar, também no Brasil, indicou.
Em Portugal, indicou que o principal cliente da empresa é o Futebol
Clube do Porto, em que "todo o controlo de acessos" no Estádio do Dragão
"foi instalado e é operado" pela ExclusivKey.
O responsável acrescentou que a empresa está também a trabalhar com
"um dos grandes clubes de futebol do Brasil para desenvolver a solução
própria do clube".
João Paulo Empadinhas realçou que, inicialmente, a empresa começou
como "integradora de tecnologia que existia no mercado", mas passou a
desenvolver "soluções próprias e adaptadas à realidade dos
organizadores".
"O nosso ´software` permite ter o controlo em tempo real de tudo o
que está acontecer", afirmou, indicando que, entre outros dados,
consegue-se "saber quantas pessoas estão a passar em cada torniquete" e
"como está a venda dos bilhetes".
O diretor executivo frisou que a aposta na internacionalização é para
continuar, prevendo entrar, nos próximos anos, em novos mercados,
principalmente da América do Sul e de África.
Com presença própria em Portugal, Brasil e Moçambique e, com
parceiros em Angola, Gabão e Marrocos, a ExclusivKey vende os seus
serviços sobretudo para o estrangeiro, apresentando uma faturação anual
de cerca de 1,8 milhões de euros e uma taxa de exportação de quase 90%.
* Ficamos muito contentes pelo sucesso da verdadeira inteligência portuguesa. Aprendemos um termo novo "bilhética", não nos choca, apenas desejamos que as análises ao sangue não passem a chamar-se "sangrética", as da urina "urinética" e as das fezes "merdética", lá se vai a ética.
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