HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Defesa de Sócrates diz que faltam
80 páginas no processo
A defesa de José Sócrates recebeu hoje, ao início da tarde, os autos
da investigação da “Operação Marquês”, queixando-se da falta de 80
páginas, disse aos jornalistas Pedro Delille.
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O advogado Pedro Delille falava aos jornalistas à saída do
Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DIAP), em Lisboa,
depois de, na manhã de hoje, João Araújo, outro dos advogados de José
Sócrates, não ter conseguido obter cópia dos autos, devido a atrasos na
digitalização dos documentos.
Pedro Delille adiantou ter já entregado um requerimento a solicitar
ao Ministério Público que fundamente os motivos pelos quais estão em
falta as 80 páginas que não foram disponibilizadas no CD com o processo
principal entregue hoje à defesa do ex-primeiro-ministro socialista. A
quebra do segredo de justiça interno do inquérito da “Operação Marquês”
foi determinada por um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL),
de 24 de Setembro, que declarou ainda inválidos os actos praticados no
processo depois de 15 de Abril. José Sócrates foi libertado dia 16 de
Outubro, estando proibido de se ausentar de Portugal e de contactar com
outros arguidos do processo da "Operação Marquês" e administradores,
gerentes ou outros colaboradores de sociedades da esfera jurídica do
arguido Carlos Santos Silva, do Grupo Vale do Lobo, Lena ou Caixa Geral
de Depósitos (CGD).
O ex-primeiro-ministro foi detido a 21 de Novembro de 2014, no
aeroporto de Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal
qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto
ilícito e esteve preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de
Évora mais de nove meses, tendo esta medida de coação sido alterada para
prisão domiciliária, com vigilância policial, a 04 de Setembro.
* Nós que ainda queremos acreditar no Ministério Público, com base na pessoa que o lidera, começamos a ter dúvidas enormes, tristemente.
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