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DA MADEIRA"
Filipe Sousa ameaça cometer mais "ilegalidades"
para salvaguardar a protecção civil
e a saúde pública no Concelho
para salvaguardar a protecção civil
e a saúde pública no Concelho
O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz admitiu hoje estar
disposto a cometer mais "ilegalidade" e voltar a fazer frente a Lisboa,
se o Ministério das Finanças não se despachar em dar resposta ao pedido
de reforço do contingente de bombeiros e de funcionários para o serviço
de salubridade do Município.
"Até agora ainda não obtivemos resposta [do Governo da República],
mas também não vou esperar muito mais tempo. Se tiver que ser
desobediente e cometer uma ilegalidade nesta área, irei cometer essa
ilegalidade para garantir que a segurança da população esteja
salvaguardada", avisou Filipe Sousa.
O autarca falava no final da primeira reunião da Comissão Municipal
de Protecção Civil, que tem agora em 'mãos' a versão preliminar do Plano
Municipal de Emergência, que deverá ser aprovado ainda este ano.
.
Porque a salvaguarda da Protecção Civil implica (mais) investiment0,
também na vertente humana, o presidente da Câmara fez saber que os
Bombeiros Municipais de Santa Cruz necessitam ser reforçados com três
dezenas de elementos, porque muitos dos efectivos já têm mais de 50 anos
e "não podem exercer algumas funções". O problema é a necessária
autorização do Ministério das Finanças, por causa do Plano de
Assistência Financeira que resgatou a autonomia da autarquia.
Filipe Sousa diz que já foi feito no Verão o pedido para poder
contratar, mas até agora não houve qualquer resposta. Porque "quem nos
deve responder não responde", sustenta que "quem cala, consente", para
avisar que não vai esperar muito mais tempo para agir. "Vai chegar a uma
altura que teremos que cometer mais uma ilegalidade avançando com a
contratação", assumiu.
Ressalvou que este problema também se coloca à necessidade premente
de reforçar os efectivos na limpeza urbana, temendo que a actual
resposta deficitária possa "criar problemas de saúde pública". Neste
particular diz haver a necessidade de contratar 22 pessoas, desde
motoristas a cantoneiros, só que o problema volta a ser a obrigação de
"prestar vassalagem a Lisboa", criticou.
Ficou por isso mais um aviso: "Se for necessário vou ser teimoso e
desobediente e vamos cometer uma ilegalidade. Agora não deixar é chegar a
uma situação de ruptura criando problemas de saúde pública",
concretizou.
* É melhor sentar-se que ainda pode ter câibras se esperar de pé.
.
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