19/10/2015

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"

Filipe Sousa ameaça cometer mais "ilegalidades" 
para salvaguardar a protecção civil 
e a saúde pública no Concelho

O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz admitiu hoje estar disposto a cometer mais "ilegalidade" e voltar a fazer frente a Lisboa, se o Ministério das Finanças não se despachar em dar resposta ao pedido de reforço do contingente de bombeiros e de funcionários para o serviço de salubridade do Município.

"Até agora ainda não obtivemos resposta [do Governo da República], mas também não vou esperar muito mais tempo. Se tiver que ser desobediente e cometer uma ilegalidade nesta área, irei cometer essa ilegalidade para garantir que a segurança da população esteja salvaguardada", avisou Filipe Sousa.

O autarca falava no final da primeira reunião da Comissão Municipal de Protecção Civil, que tem agora em 'mãos' a versão preliminar do Plano Municipal de Emergência, que deverá ser aprovado ainda este ano.
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Porque a salvaguarda da Protecção Civil implica (mais) investiment0, também na vertente humana, o presidente da Câmara fez saber que os Bombeiros Municipais de Santa Cruz necessitam ser reforçados com três dezenas de elementos, porque muitos dos efectivos já têm mais de 50 anos e "não podem exercer algumas funções". O problema é a necessária autorização do Ministério das Finanças, por causa do Plano de Assistência Financeira que resgatou a autonomia da autarquia.

Filipe Sousa diz que já foi feito no Verão o pedido para poder contratar, mas até agora não houve qualquer resposta.  Porque "quem nos deve responder não responde", sustenta que "quem cala, consente", para avisar que não vai esperar muito mais tempo para agir. "Vai chegar a uma altura que teremos que cometer mais uma ilegalidade avançando com a contratação", assumiu.

Ressalvou que este problema também se coloca à necessidade premente de reforçar os efectivos na limpeza urbana, temendo que a actual resposta deficitária possa "criar problemas de saúde pública". Neste particular diz haver a necessidade de contratar 22 pessoas, desde motoristas a cantoneiros, só que o problema volta a ser a obrigação de "prestar vassalagem a Lisboa", criticou.

Ficou por isso mais um aviso: "Se for necessário vou ser teimoso e desobediente e vamos cometer uma ilegalidade. Agora não deixar é chegar a uma situação de ruptura criando problemas de saúde pública", concretizou.

* É melhor sentar-se que ainda pode ter câibras se esperar de pé.

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