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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Deco:
Metade das famílias portuguesas
vive com menos de mil euros por mês
Metade das famílias portuguesas com filhos menores
sobrevive com menos de mil euros por mês e 18% não consegue pagar a
prestação da casa e as contas da água, luz e gás, revela um estudo da
Deco.
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De acordo com as conclusões de um
inquérito da Associação para a Defesa dos Direitos do Consumidor sobre o
orçamento familiar, as famílias com mais dificuldades em fazer face às
despesas diárias são as que têm filhos menores, mesmo que ambos os
cônjuges trabalhem.
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"Metade destes agregados sobrevive com menos de mil euros por mês, não sendo difícil presumir que muitos dos elementos trabalhadores ganhem apenas o salário mínimo nacional (505 euros), ou até menos", conclui a DECO.
Os resultados do inquérito estatístico, que será publicado na edição de Novembro da revista Dinheiro & Direitos, indicam que cerca de dois terços vivem com o peso de um crédito à habitação, havendo ainda quem tenha, ou acumule, empréstimos para outros fins (compra de carro ou de mobília, por exemplo).
Os cartões de crédito (37%) e os cartões de loja (26%) são também produtos financeiros que trazem os inquiridos "amarrados" ao pagamento de juros, com três quartos dos inquiridos a classificarem a sua situação como difícil ou muito difícil.
O estudo concluiu igualmente que "o estado das finanças domésticas deteriorou-se, nos últimos anos, para muitas destas famílias".
De acordo com a DECO, muitas destas famílias têm dificuldade em pagar as contas, quando não se encontram mesmo impossibilitadas de o fazer, nomeadamente: electricidade, gás, água, seguros (86%); renda ou empréstimo da casa (83%); outros encargos correntes, como alimentação, vestuário e combustível (79%); educação dos filhos (75%); créditos para compra de carro e/ou outros bens (73%); cuidados de saúde (62%).
Mais de metade dos inquiridos admitiu já ter liquidado contas depois da data limite, embora nem sempre numa base regular, e as facturas que mais vezes ficaram por saldar foram as de comunicações (telefone fixo e móvel, televisão e Internet). A maioria teve de reorganizar a gestão do orçamento familiar para não atrasar mais pagamentos e, num terço dos casos, são os empréstimos de familiares ou de amigos que resolvem a situação, revela o inquérito.
Certos encargos periódicos, como férias, seguros, revisão do carro ou impostos, são acautelados por 71% dos inquiridos, revela ainda ao estudo, segundo o qual um "pé-de-meia" para aquela despesa específica ou esperar pelos subsídios de férias e/ ou de Natal são as soluções utilizadas com maior frequência.
Outras formas encontradas pelos portugueses consistem em recorrer às poupanças e fasear o pagamento das contas.
Com o objectivo de conhecer como os portugueses gerem o seu orçamento familiar, entre Outubro e Novembro de 2014, a Deco enviou um questionário de autopreenchimento a uma amostra dos 30 aos 74 anos, proporcional à população residente em Portugal Continental no que se refere às variáveis sexo, idade e regiões.
O mesmo estudo foi realizado pelas congéneres da Deco em Espanha, em Itália e na Bélgica. No total das 5.649 respostas obtidas, 1.222 são de portugueses.
* Foi por gostarem desta situação que os portugueses votaram maioritàriamente na PàF, há 39 anos temos em Portugal só governos de centro direita que nos conduziram à miséria em que estamos.
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"Metade destes agregados sobrevive com menos de mil euros por mês, não sendo difícil presumir que muitos dos elementos trabalhadores ganhem apenas o salário mínimo nacional (505 euros), ou até menos", conclui a DECO.
Os resultados do inquérito estatístico, que será publicado na edição de Novembro da revista Dinheiro & Direitos, indicam que cerca de dois terços vivem com o peso de um crédito à habitação, havendo ainda quem tenha, ou acumule, empréstimos para outros fins (compra de carro ou de mobília, por exemplo).
Os cartões de crédito (37%) e os cartões de loja (26%) são também produtos financeiros que trazem os inquiridos "amarrados" ao pagamento de juros, com três quartos dos inquiridos a classificarem a sua situação como difícil ou muito difícil.
O estudo concluiu igualmente que "o estado das finanças domésticas deteriorou-se, nos últimos anos, para muitas destas famílias".
De acordo com a DECO, muitas destas famílias têm dificuldade em pagar as contas, quando não se encontram mesmo impossibilitadas de o fazer, nomeadamente: electricidade, gás, água, seguros (86%); renda ou empréstimo da casa (83%); outros encargos correntes, como alimentação, vestuário e combustível (79%); educação dos filhos (75%); créditos para compra de carro e/ou outros bens (73%); cuidados de saúde (62%).
Mais de metade dos inquiridos admitiu já ter liquidado contas depois da data limite, embora nem sempre numa base regular, e as facturas que mais vezes ficaram por saldar foram as de comunicações (telefone fixo e móvel, televisão e Internet). A maioria teve de reorganizar a gestão do orçamento familiar para não atrasar mais pagamentos e, num terço dos casos, são os empréstimos de familiares ou de amigos que resolvem a situação, revela o inquérito.
Certos encargos periódicos, como férias, seguros, revisão do carro ou impostos, são acautelados por 71% dos inquiridos, revela ainda ao estudo, segundo o qual um "pé-de-meia" para aquela despesa específica ou esperar pelos subsídios de férias e/ ou de Natal são as soluções utilizadas com maior frequência.
Outras formas encontradas pelos portugueses consistem em recorrer às poupanças e fasear o pagamento das contas.
Com o objectivo de conhecer como os portugueses gerem o seu orçamento familiar, entre Outubro e Novembro de 2014, a Deco enviou um questionário de autopreenchimento a uma amostra dos 30 aos 74 anos, proporcional à população residente em Portugal Continental no que se refere às variáveis sexo, idade e regiões.
O mesmo estudo foi realizado pelas congéneres da Deco em Espanha, em Itália e na Bélgica. No total das 5.649 respostas obtidas, 1.222 são de portugueses.
* Foi por gostarem desta situação que os portugueses votaram maioritàriamente na PàF, há 39 anos temos em Portugal só governos de centro direita que nos conduziram à miséria em que estamos.
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