HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Nove factos que ficaram
perdidos na noite eleitoral
CDS tem menos deputados que o BE
‘Pescados' no
meio da coligação os nomes dos militantes eleitos pelo CDS, chega-se à
conclusão que o PSD está coligado com a quarta maior força partidária do
país, ex-aequo com os comunistas.
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O partido liderado por Paulo Portas elegeu 17 deputados - tantos como a CDU, mas menos dois que o Bloco de Esquerda. Continua a ser verdade aquilo que Portas tem dificuldade em entender: há mais trotsquistas que democratas-cristãos em Portugal.
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ATÃO E OS MAIS NECESSITADOS? |
O partido liderado por Paulo Portas elegeu 17 deputados - tantos como a CDU, mas menos dois que o Bloco de Esquerda. Continua a ser verdade aquilo que Portas tem dificuldade em entender: há mais trotsquistas que democratas-cristãos em Portugal.
António Costa perdeu em Lisboa
O líder do PS,
António Costa, não se limitou a perder as eleições: perdeu também em
Lisboa - cidade que liderou e que, paradoxalmente, serviu de trampolim à
sua candidatura a secretário-geral do partido. O ex-presidente da
Câmara atingiu na capital os 34,76%, contra os 37,47% obtidos pela
coligação PSD/CDS.
Melgaço campeão das abstenções
Mais de 67,1% dos
eleitores de Melgaço, em Viana do Castelo, optaram por não por os pés
nas eleições. Foram os campeões do abstencionismo, mas houve muitas
outras freguesias que apresentam forte concorrência, com várias marcas
acima da fasquia dos 65%.
Sardoal campeão dos participantes
Sardoal
arrisca-se a ser a aldeia mais central do país. Mas não é por isso que
passou a ser notícia: foi o concelho menos abstencionista no acto
eleitoral de domingo. Apenas 29,53% dos eleitores optou por não votar.
Segundo as estatísticas mais recentes, a aldeia é habitada por cerca de
duas mil pessoas. Juntamente com Sardoal, Vila de Rei (em Castelo
Branco) foi, com uma abstenção de 29,57%, o outro concelho que conseguiu
ficar abaixo da barreira psicológica dos 30%.
Quem é o novo deputado do PAN?
André Lourenço e
Silva, de 39 anos, é formado em Engenharia Civil, com especialização em
recuperação do património arquitectónico e artístico. Vive em Lisboa,
numa casa com uma horta de 50 metros quadrados. É vegetariano (dir-se-ia
quase uma obrigação de coerência!), pratica mergulho e está no PAN
desde 2012. Afirma que o seu partido é um projecto de cidadania.
Portugal dividido entre o laranja e o rosa
Se se
traçar uma linha oblíqua entre o noroeste do distrito de Setúbal e
sudeste de Castelo Branco essa linha é a fronteira entre o país laranja,
para Norte, e o país rosa, para Sul. Esta hegemonia só se perde se a
observação for mais fina e atingir o nível dos concelhos. Aí, há algumas
bolsas socialistas no país laranja, mas apenas uma social democrata no
país rosa. Mas o país rosa também tem de ‘suportar' algumas bolsas
comunistas no Alentejo profundo.
Mais mulheres no Parlamento...
Na próxima
legislatura, um terço do Parlamento vai ser ocupado por mulheres: serão
76 num total de 230 lugares. O número de deputadas cresceu em relação às
eleições legislativas de 2011, são agora mais 14, do que há quatro
anos. Na coligação Portugal à Frente, dos 104 deputados eleitos, 33 são
mulheres; no PS, dos 85 deputados eleitos, 27 são mulheres, enquanto que
no Partido Comunista Português/Verdes, dos 17 deputados eleitos, sete
são mulheres. No PPD/PSD Madeira, dos três candidatos eleitos, duas são
mulheres, e no PPD/PSD Açores foi eleito um candidato e uma candidata.
... mas menos no BE
Num partido que cresceu à
custa de duas mulheres, Catarina Martins e Mariana Mortágua, os homens
são quem mais ordena... De facto, e contra o que poderiam ser
expectativas básicas, o Bloco de Esquerda é quem apresenta o pior
‘score' em termos de representação parlamentar no feminino: 31,5%. PàF e
PS atingem os 31,7% e a CDU ascende aos 41%. À margem disto, o PAN
elegeu 100% de homens...
Afinal, a abstenção foi a maior de sempre
Às 19
horas, quando as urnas estavam a fechar no Continente e na Madeira, uma
televisão divulgava os resultados de uma sondagem segundo a qual as
abstenções tenderiam a ser muito poucas. Vários membros de diversos
partidos entenderam ser razoável dar uma explicação para o facto -
apresentando conhecimentos mais ou menos profundos na área da sociologia
aplicada a actos eleitorais. No final, afinal as sondagens também e
enganam: a abstenção atingiu os 43,1%, a maior desde sempre. Só em 2009
se inverteu esta tendência, consolidada desde os anos 80.
* Curiosidades para registar
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