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Conheça os novos donos da TAP
O empresário norte-americano, nascido no Brasil, David Neeleman, e o empresário português Humberto Pedrosa foram os escolhidos pelo Governo para comprar até 66% do grupo TAP, com a missão prioritária de recapitalizar a transportadora aérea nacional.
O dono da companhia brasileira Azul é o
rosto do consórcio vencedor da privatização, mas é o empresário
português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro, que lidera o
agrupamento, que assim pode adquirir a totalidade do capital à venda.
Humberto Pedrosa, que entra neste
consórcio através da HPGB, é dono de um grupo com mais de 20 empresas no
setor dos transportes, que opera uma frota de mais de 3.000 veículos, a
que se junta a Fertagus, concessão da linha ferroviária sobre o Tejo, e
a concessão Metro Sul do Tejo, empregando mais de 5.000 pessoas.
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JÁ FOSTE!!! |
Desde o relançamento da privatização
da TAP em novembro, David Neeleman, posicionou-se como um dos
interessados, enquanto Humberto Pedrosa começou por surgir ao lado de
outro candidato - Miguel Pais do Amaral -, que não passou à fase de
negociações, por não ter entregado uma proposta vinculativa a 15 de
maio.
Com liderança nacional, o consórcio Gateway (porta de
entrada) contorna as regras que limitam a entrada de investidores
não-europeus em companhias de aviação do espaço comunitário.
Com
55 anos, David Neeleman conta mais de 30 anos de experiência no negócio
da aviação, sendo hoje presidente da companhia brasileira Azul.
Aos
24 anos, sem terminar o curso superior devido a um problema de défice
de atenção, fundou a sua primeira companhia aérea, a Morris Air, com
sede em Utah, que foi vendida à Southwest Airlines dez anos depois.
No currículo do empresário figuram também a JetBlue Airways, a WestJet e a Azul -- Linhas Aéreas Brasileiras.
Nasceu
na capital paulista onde o pai trabalhava como correspondente
estrangeiro e aos cinco anos regressou aos Estados Unidos, tendo dupla
nacionalidade. Admite ser obcecado pelos clientes e, quando viaja, faz
questão de sempre que viaja contactar com os passageiros para ouvir
opiniões.
A Azul, de que detém 8% através da 'holding' pessoal
DGN, é uma das principais clientes da TAP -- Manutenção e Engenharia no
Brasil, a empresa que tem sido a grande responsável pelos prejuízos do
grupo TAP.
Em Conselho de Ministros, o Governo rejeitou, pela
segunda vez, a proposta de Germán Efromovich, que em dezembro de 2012
foi o único candidato à companhia, sendo afastado por falta das
garantias bancárias exigidas.
Nos cerca de seis meses desde o
relançamento da privatização, a 13 de novembro de 2014, a oposição à
venda da empresa pública subiu de tom e levou à convocação de duas
greves, tendo uma avançado -- dos pilotos entre 01 e 10 de maio - e a
outra sido cancelada (entre o Natal e o Ano Novo) e a duas ações no
Tribunal e uma denúncia à Comissão Europeia, pela mão da associação Peço
a Palavra.
Os novos donos da TAP têm que assegurar o reforço da
capacidade económico-financeira da empresa e assumir compromissos de
estabilidade laboral, que estão vertidos num acordo com os sindicatos e
incluídos no caderno de encargos.
A capitalização era o primeiro
de nove critérios para a escolha do futuro dono da TAP, seguido pelo
valor da oferta e projeto estratégico, segundo o caderno de encargos,
que não fixa prazos para a manutenção do 'hub' em Portugal.
O
reforço da capacidade económico-financeira da TAP avaliou tanto o plano
de capitalização como as condições para a sua concretização.
O
valor oferecido pelo capital a alienar pelo Estado, num limite máximo de
66% nesta primeira fase, surge em segundo lugar no artigo 5.º do
documento, aparecendo depois a "apresentação e garantia de execução de
um adequado e coerente projeto estratégico, tendo em vista a preservação
e promoção do crescimento da TAP".
O grupo TAP fechou 2014 com
prejuízos de 85,1 milhões de euros, valor que representa um agravamento
de 79,2 milhões de euros face aos 5,9 milhões de euros registados em
2013, resultado do agravamento da prestação do transporte aéreo.
Enquanto
a TAP -- Manutenção e Engenharia Brasil registou um prejuízo de 22,6
milhões de euros, uma melhoria em 17,7 milhões de euros face ao ano
anterior (45%), a atividade do transporte aéreo (TAP SA) passou de um
lucro de 34 milhões de euros para prejuízos de 46,4 milhões de euros,
explicado pela entrada tardia em operação dos seis novos aviões, pelos
22 dias de greve (anunciadas ou efetuadas) e outras ocorrências
operacionais, nomeadamente problemas técnicos.
* Apresentações feitas contiuamos a ser contra mais uma amputação fruto da ganância dos grupos económicos europeus.
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